Vale quer criar fundo milionário para reflorestar a Amazônia

Objetivo é financiar projetos de empresas que incluam em seus planos o reflorestamento de áreas destruídas

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Por Redação
Atualização:

RIO - A mineradora Vale anunciou nesta quarta-feira, 5, que se associou a um grupo de fundos de pensão e ao BNDES para criar um fundo destinado a financiar projetos de reflorestamento no Brasil que contará com um capital inicial de R$ 605 milhões.

 

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O objetivo do fundo é financiar projetos produtivos de empresas que incluam em seus planos o reflorestamento de áreas destruídas, principalmente na Amazônia, explicou o presidente da Vale, Roger Agnelli.

 

Os patrocinadores do fundo propõem como meta reflorestar até 2020 uma área de ao menos 450 mil hectares, sendo 150 mil com florestas industriais, principalmente de eucalipto, para a produção de celulose e papel.

 

O fundo contará com recursos da Vale, dos fundos de pensões da Petrobrás (Petros), da Caixa Econômica Federal (Fucef) e do BNDES. A Vale seria a sócia majoritária com cerca de 40% das contribuições e o BNDES forneceria os outros 20%.

 

Segundo Agnelli, o fundo ainda está sob análise da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Brasil.

 

Os sócios na iniciativa também pretendem buscar outras empresas e investidores em países como Barein, Japão e China, que já manifestaram interesse em investir em projetos na Amazônia.

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O projeto terá como base a Vale Florestal, uma iniciativa lançada pela empresa há três anos que já plantou 24,5 milhões de árvores em uma área de cerca de 70 mil hectares pertencentes a 41 fazendas que foram arrendadas pela mineira.

 

Apesar do objetivo ecológico do fundo, os sócios consideram que o mecanismo pode oferecer rendimentos reais de entre 8% e 10% ao ano. "Para um fundo de pensão é fundamental que o projeto tenha retorno. Cuidamos do dinheiro de aposentados e temos que garantir que as pensões sejam pagas depois", afirmou o presidente da Petros, Wagner Pinheiro.

 

O retorno procederia da venda de eucaliptos e de outras espécies semeadas para fábricas de celulose e de árvores madeireiras que sejam exploradas de forma sustentável. Segundo Agnelli, no Brasil há um déficit de madeiras com procedência legal de perto de dois milhões de metros cúbicos ao ano.

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