Terremoto pode ter diminuído créditos de carbono na China

Calcula-se que sete companhias estivessem próximas ao epicentro, gerando perda de cerca de 5% dos CERs

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Por Redação
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O terremoto mais mortal que a China teve em décadas pode cortar em cerca de 5% o suprimento de compensações de carbono estabelecidos pelo Protocolo de Kioto nos próximos 12 meses, estimou a analista Lehman nesta quinta-feira, 15.   Países ricos podem ultrapassar o limite de emissão de gases estufa investindo no corte de emissões nos países em desenvolvimento e ganhando, em troca, compensações de carbono extra.   Espera-se que a China supra cerca de metade das 540 milhões de toneladas de compensações chamadas CERs (Reduções Certificadas de Emissão, na sigla em inglês) dos países em desenvolvimento projetadas até 2012 e que valem mais de 25 bilhões de euros.   Cerca de 15 milhões de toneladas da cota anual da China estavam a um raio de 150 quilômetros dos terremotos da última semana, disse Lehman.   "Nós contamos sete companhias impactadas entre as top 20 de desenvolvimento de projetos no mundo", disse Laurent Segalen, chefe de comércio de emissão da Lehman, que listou a EcoSecurities, o Deutsche Bank, a Endesa e a Mitsubishi Corp entre os investidores com projetos próximos ao terremoto.   A Tricorona, em presa com sede em Estocolmo, disse nesta quinta-feira, 15, que tinha mais de 10 projetos de compensações em Sichuan que podem ter sido afetados e correspondem a 8 milhões de toneladas de cortes para 2012.   "Ainda não há informações sobre o status de projetos individuais ou da extensão dos danos indiretos que possam ter ocorrido a esses projetos", disse a companhia em comunicado.   A britânica EcoSecurities disse que duas fábricas de óxido nitroso (N2O) e várias outras hidrelétricas pararam por seguranças, mas não estão danificadas.   O terremoto pode interromper o monitoramento de cortes de emissão, um passo essencial antes que os projetos possam reclamar suas compensações, adicionando incerteza à escala do impacto, disse Segalen.

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