Tempestade Fay não deve atrapalhar produção de petróleo

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Por ERWIN SEBA
Atualização:

A tempestade tropical Fay não deve atrapalhar a produção de gás e petróleo no golfo do México, afirmaram na segunda-feira empresas que controlam plataformas marítimas daquela região. Ao invés de se dirigir para a rota das plataformas norte-americanas, a tempestade deve ingressar na parte sudeste do golfo antes de atingir a Flórida como um furacão, na terça-feira. A Shell Oil Co retirou 425 funcionários de plataformas ao longo do fim de semana, mas disse que não deve sacar mais ninguém das instalações marítimas. "Se a tempestade continuar em sua rota atual, não haverá mais retirada de pessoal e nós começaremos a planejar o transporte dos funcionários de volta para lá", disse a empresa, em um comunicado. "Não houve impacto na produção da Shell." A Marathon Oil Corp, a única outra empresa a ter divulgado a retirada de pessoal, disse que suas plataformas continuavam produzindo normalmente e que nenhum outro funcionário havia sido transportado para fora delas. A Louisiana Offshore Oil Port LLC, a Anadarko, a BP, a Exxon Mobil, a ConocoPhillips e a Noble afirmaram que continuavam funcionando normalmente, e isso apesar do Fay, a terceira tempestade da temporada deste ano de furacões do Atlântico a ameaçar a produção norte-americana de gás e petróleo no golfo do México, que responde por 25 por cento do petróleo produzido pelos EUA e por 15 por cento do gás. A Noble acrescentou estar analisando as previsões meteorológicas a fim de determinar se teria de esvaziar a plataforma Noble Jim Thomspon, que possui 45 funcionários. O Fay, sexta formação desta que deve ser uma temporada de furacões bastante movimentada, atravessava a região central de Cuba na segunda-feira de manhã. O furacão Dolly e a tempestade tropical Edouard, ambos deste ano, atrapalharam apenas temporariamente a atividade das plataformas marítimas e não conseguiram superar os fatores políticos quando se tratou de determinar o preço do petróleo cru e dos produtos derivados do refino dele. As empresas presentes no golfo do México temem que se repita o cenário verificado em 2005, quando os furacões Katrina e Rita suspenderam temporariamente um quarto da produção de petróleo e gás dos EUA, fazendo com que os preços atingissem patamares recordes para aquela época. A Shell Oil Co, uma subsidiária norte-americana da Royal Dutch Shell Plc, é a maior produtora de petróleo de águas profundas no golfo do México, de onde retira 80 por cento de sua produção norte-americana de petróleo e gás. A plataforma da Shell localizada mais a leste é a Ram-Powell. Outras plataformas que se encontram também no leste do golfo são a Mars e a Ursa.

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