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‘Temos de atingir pico de emissões em muito pouco tempo’

O economista sul-coreano Hoesung Lee, eleito presidente do IPCC, falou ao 'Estado' sobre desafios do painel de cientistas 

Por Giovana Girardi
Atualização:
O coreano Hoesung Lee, novo presidente do IPCC Foto: Dilvulgação

Quais são seus principais objetivos como presidente?

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É importante que no novo ciclo de avaliação do IPCC nós alcancemos uma participação significativa de especialistas dos países em desenvolvimento. Isso porque o sucesso da estabilização do clima depende da participação desses países no esforço global de reduzir as emissões de gases de efeito estufa a fim de alcançar a meta de conter o aquecimento do planeta em 2°C.

Como presidente do IPCC o senhor vai conduzir pelos próximos anos os trabalhos para a construção do sexto relatório de avaliação. Qual deve ser o foco?

Nós precisamos focar nas soluções daqui para frente, incluindo as soluções econômicas, para que sejam ao mesmo tempo eficientes e equitativas. 

Em dezembro, na Conferência do Clima da ONU, em Paris, o senhor vai se dirigir aos negociadores. Qual mensagem vai passar para eles?

Espero que os negociadores se baseiem nas descobertas científicas para alcançar um acordo para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. No IPCC temos oferecido evidência muito clara e sólida de que, se não chegarmos ao pico das emissões globais daqui a muito pouco tempo e, então, reduzi-las drasticamente, podemos não conseguir atingir o objetivo de ficar nos 2°C. 

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