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Sustentabilidade marcou desfiles do primeiro dia do SPFW

Colcci trouxe tecido feito com polpa de árvore reflorestada e Osklen apostou nos tecidos eco-fashion

Por Alice Lobo
Atualização:

Alice Lobo escreve sobre moda e consumo ético e participa da cobertura do São Paulo Fashion Week, que começou neste domingo, dia 18. Repórter e blogueira, Alice é colaboradora do caderno

Vida & Sustentabilidade

e do portal

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. Além disso, mantém o blog

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, sobre moda ética. Confira o relato especial sobre o primeiro dia do SPFW para o estadao.com.br:

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Começou ontem a 28a edição da SPFW. O tema é Linguagens em referências às informações que estão presentes no nosso dia a dia. Por isso, claro que a internet é valorizada. O cenário traz tags pelas paredes e telas por toda a Bienal. A cada pilar, netbooks estão espalhados. Afinal, a rede mundial é a responsável pela democratização das informações.

 

Além dos diversos lounges, dentro da SPFW tem uma pop up store com livros, revistas e gadgets de moda. E para o público eco-fashion, a Oi criou um espaço com bicicletas que produzem energia limpa. A ideia era para carregar os celulares, mas com medo de dar algo errado, a instalação foi feita para gerar luz e mostrar que em breve será possível e fácil gerar energia limpa. Assista o vídeo.

 

A Colcci fechou o primeiro dia da São Paulo Fashion Week e trouxe para a passarela o Tencel, tecido ecológico feito com polpa de árvore reflorestada, e tricôs produzidos manualmente por cooperativas de Santa Catarina. Porém um material polêmico foi usado: a pele verdadeira de coelho certificada pelo Ibama. Confira o desfile neste vídeo.

 

A Osklen arrasou nos tecidos eco-fashion. Usou lã orgânica, feltro de lã reciclada, seda ecológica com textura de palha e tressê e, para dar estrutura e forma às peças, o couro ecológico, vindo de borracha natural extraída de seringueiras. Confira o desfile no vídeo.

 

Osklen e os e-fabrics

Com tradição eco-fashion, a Osklen apresentou um desfile com diversos tecidos ecológicos neste primeiro dia da São Paulo Fashion Week. Todos são frutos de pesquisas da e-fabrics, um projeto do instituto-e que trabalha com desenvolvimento de novos materiais sustentáveis.

 

E não é que eles eram gatos pingados na passarela. Eles nortearam toda a coleção, que tem como tema o Trópico de Capricórnio ou, como Oskar Metsavaht disse, “uma coleção de inverno inspirada em nossos verões”.

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Mas de verão ela não tinha nada. Lã orgânica e couro ecológico dublado com sarja contracenaram com tricot e tresset de palha de eco-seda, que veio em versão de shantung também. Tudo bem pesado e estruturado.

 

“A estrutura foi feita com couro ecológico”, revela Juliana Suassuna, da equipe de estilo da marca.

 

Apesar da Osklen sempre trabalhar com materiais sustentáveis, na edição passada da SPFW Oskar não os trouxe para a passarela, alegando que a liberdade da criação vem sempre em primeiro plano.

 

Mas a boa notícia é que hoje o “eco”não é uma preocupação forçada dentro da marca. Cada vez mais é natural o uso dessas matérias-primas lá dentro. “Como o instituto-e fica dentro da fábrica, sempre que vamos começar uma coleção eu vou lá e pergunto o que temos de novo. A gente parte, muitas vezes, dos materiais descobertos pelo e-fabrics”, revela Juliana.

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