Sociedade precisa mudar postura sobre a água, sugere educador

Em livro que analisa a crise hídrica, pesquisador defende educação para a sustentabilidade para combater escassez

PUBLICIDADE

Por Eduardo Geraque
Atualização:

SÃO PAULO - A ausência de novas crises hídricas vai depender de uma nova postura de toda a sociedade, na visão do especialista em educação e meio ambiente Pedro Jacobi, pesquisador da Universidade de São Paulo

Educação.No auge da crise, desperdício ainda era flagrado Foto: Rafael Arbex/Estadão – 22/10/2014

PUBLICIDADE

“O caminho para sociedades sustentáveis se fortalece na medida em que se desenvolvam práticas educativas que, pautadas pelo paradigma da complexidade, aportem para a escola e os ambientes pedagógicos uma atitude reflexiva em torno da problemática ambiental. Precisamos ter ênfase em educação para a sustentabilidade”, diz o acadêmico, um dos autores do Livro Branco da Água, recém-lançado pelo Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA/USP). 

Durante a crise hídrica, Jacobi foi um entusiasta da estruturação do terceiro setor em grupos como a Aliança Pela Água, que ajudou a população a evitar a falta de água em suas casas. 

Por outro lado, foi um crítico tanto do poder público - que, segundo ele, faltou com transparência -, quanto da mídia, que não teria, para o pesquisador, dado voz para todos que estavam sofrendo com o problema. “Se o quadro é de escassez hídrica, o governo tem de fazer campanhas contínuas de caráter preventivo. E a Região Metropolitana de São Paulo precisa ser caracterizada permanentemente como uma área afetada pela escassez de água”, diz.

“Lembrando que escassez é diferente da crise hídrica vivida entre 2013 e 2015”, afirma Jacobi. Sobre a mídia, opina que falta profundidade quando trata o tema. “A mídia precisa focar mais no seu papel de prevenção e não de agente da catástrofe.”

Publicidade