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Setor de mineração investe em energia renovável para atingir a meta de carbono zero

Com processos mais limpos, empresas contribuem para a melhoria da saúde e do meio ambiente e reduzem os seus custos

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Por FIEMG
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O uso da energia renovável já é uma realidade no setor de mineração, que vem investindo na melhoria de seus processos produtivos para torná-los mais limpos e, desta forma, contribuir para a melhoria da saúde e do meio ambiente e para a redução dos custos das empresas. “É uma tendência mundial que as empresas estejam preocupadas com o carbono zero. E as novas tecnologias limpas e renováveis estão substituindo os combustíveis fósseis”, comenta Tânia Santos, gerente de Energia da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG). Para ajudar as empresas neste processo, a FIEMG, por meio da Gerência de Energia, tem promovido fóruns de debates, como o Congresso de Energia realizado recentemente, demonstrando à indústria as oportunidades trazidas com a utilização de energia limpa para o processo produtivo, como contratação de energia solar fotovoltaica, eólica, hídrica.

No evento, empresas do setor minerário apresentaram seus exemplos de transição energética e soluções e estudos para substituição de energéticos. “Estamos olhando a cadeia produtiva e o processo do segmento, mostrando que tem várias possibilidades de descarbonização e muitas tecnologias”, diz Tânia. Ela explica que uma das signatárias do “Race to Zero”, projeto lançado na COP 26, em Glasgow, Escócia, com o objetivo de zerar as emissões de carbono até 2030, a FIEMG criou a Missão Carbono Zero, programa de soluções e consultorias para orientar as empresas a avaliarem seus níveis de emissões de carbono e adotarem medidas para a redução. O objetivo é fomentar a competitividade e a responsabilidade ambiental.

A Anglo American e a AngloGold Ashanti são exemplos de empresas que estão investindo no desenvolvimento de novas tecnologias de energia elétrica renovável para atingir a meta de carbono zero.

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“As energias renováveis são parte de uma estratégia maior da Anglo American para cumprir seu propósito de reimaginar a mineração para melhorar a vida das pessoas. Nesse sentido, entendemos que estamos cumprindo um papel relevante no combate às mudanças climáticas globais e, ao mesmo tempo, permitindo que processos mais limpos sejam concretizados, reduzindo a poluição ambiental e aumentando a qualidade de vida das populações nos locais onde elas residem”, diz Ivan Simões, diretor de Assuntos Corporativos e Impacto Sustentável da Anglo American no Brasil.

A mineradora Anglo American no Brasil contratou 235 MW médios de energia eólica e solar entre dezembro de 2019 e julho de 2020. Esse investimento marcou o início da estratégia da empresa de aquisição de energia elétrica renovável rumo a uma operação cada vez mais sustentável. “A Anglo American no Brasil já concluiu a negociação de contratos de longo prazo para fornecimento de energia elétrica 100% renovável (eólica, solar, hidrelétrica), tornou-se autoprodutora de energia em parceria com a Casa dos Ventos e está investindo fortemente em tecnologias do hidrogênio”, comenta Simões. Além disso, o protótipo do primeiro caminhão fora de estrada movido 100% a hidrogênio foi lançado na África do Sul. Paralelamente, a empresa segue buscando alternativas a insumos intensivos em carbono, como combustíveis sintéticos.

As metas da empresa, no âmbito do seu Plano de Mineração Sustentável, são reduzir em 30% as emissões de carbono até 2030; aumentar a eficiência energética em 30%; e ser neutra em carbono em oito dos seus sites operacionais, tornando-se globalmente neutra em carbono até 2040 (emissões diretas do negócio e combustíveis consumidos). Para emissões de clientes e fornecedores, a meta da empresa é reduzir as emissões em 50% também até 2040. A gestão energética do Brasil resultará na redução de 430 mil toneladas de CO2 emitidas anualmente.

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Divulgação 

A AngloGold Ashanti Brasil, por sua vez, deu mais um passo importante em prol da sustentabilidade. A empresa multinacional de produção de ouro alcançou a marca de uso de 100% de energia elétrica renovável em suas operações no País no ano de 2021. O reconhecimento aconteceu por meio da obtenção do Certificado de Energia Renovável (Cemig-REC), concedido pela companhia de energia. Alinhada ao objetivo global do grupo, a mineradora vem adotando diversos projetos que buscam reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Para 2022, estão previstos cerca de R$ 2 milhões em ações de eficiência energética.

De acordo com a empresa, as operações industriais em Minas Gerais e em Goiás são abastecidas com três fontes de eletricidade e, agora, todas são consideradas “carbono zero”: sistema hidrelétrico de Rio de Peixe (MG), hidrelétrica de Igarapava (MG), e a energia adquirida com a Cemig, via Sistema Interligado Nacional (Grid). Com a certificação, a companhia terá a rastreabilidade e a garantia de que a energia consumida do Grid tem origem de fonte hidrelétrica renovável.

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Mário Alvarenga, gerente sênior de energia da companhia, considera que novidade é um marco inédito na história da AngloGold Ashanti. “Estamos no caminho certo para sermos cada vez mais sustentáveis, alinhados aos nossos valores de respeito ao meio ambiente”, destaca.

A AngloGold Ashanti prevê, neste ano, investimento de aproximadamente R$ 2 milhões para garantia de aquisição de fonte elétrica renovável e em estudos técnicos de desenvolvimento de projetos de eletrificação das frotas, projetos de viabilidade de usinas fotovoltaicas nas operações, entre outras ações de melhoria de eficiência dos processos.

O objetivo global da companhia é zerar até 2050 a emissão de gases de efeito estufa de escopo 1 (aquelas que são resultado direto das operações da empresa) e de escopo 2 (emissões indiretas, provenientes da energia elétrica adquirida para uso da própria companhia), conforme as propostas do Acordo de Paris. Ou seja, haverá equilíbrio entre o que a produtora de ouro gera e consome e o que compensa.