Serra pede a Lula ousadia na meta de redução de CO2

Governador paulista sanciona lei estadual que prevê corte na produção de gás do efeito estufa

PUBLICIDADE

Por Carolina Freitas e da Agência Estado
Atualização:

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), sancionou nesta segunda-feira, 9, lei que cria a meta estadual de redução de emissões de gás carbônico e pediu que o governo federal siga a "ousadia" paulista. "O Brasil deve ceder e pressionar os outros países. Não se trata de ajoelhar no milho ou se autoflagelar, mas de avançar em relação ao futuro", defendeu o governador.

 

Lula diz que levará propostas ambiciosas a Copenhague

Lula confirma que não levará meta numérica a Copenhague

Transporte será desafio para SP reduzir emissões

 

PUBLICIDADE

O evento no Palácio dos Bandeirantes, para 400 convidados, entre eles 30 prefeitos paulistas, aconteceu ao mesmo tempo em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discutia na capital paulista a meta que levará para a Conferência de Copenhague, em dezembro. 

 

A Política Estadual de Mudanças Climáticas estabelece uma diminuição de 20% nas emissões até 2020, em relação a 2005, o que significa emitir 24 bilhões de toneladas de gás carbônico a menos do que em 2005. Lula ainda não definiu se levará um número a Copenhague. O Ministério do Meio Ambiente briga por uma redução de 40% até 2020 em comparação com a tendência de poluição, ou seja, em relação à quantidade de emissões caso nenhuma medida fosse tomada. 

 

Questionado se julgava ambiciosa a possível meta federal, Serra respondeu: "Não, especialmente porque ela leva em conta a desaceleração da emissão, o que é muito diferente de uma redução absoluta." O governador esforçou-se em afirmar que, embora o porcentual da meta paulista seja mais baixo que o da federal, a redução efetiva seria maior em São Paulo. "É muito importante que não se faça confusão, como tanta coisa que se confunde no nosso País." 

Publicidade

 

O secretário paulista do Meio Ambiente, Xico Graziano, deu ênfase à comparação. "Nossos 20% vão muito além dos 40% que o Brasil pode decidir adotar", afirmou. "Falta coragem ao governo federal para agir com a mesma altivez do governo de São Paulo." Para Graziano, o governo Lula está sendo "conservador" em relação à fixação da meta ambiental. "A política hoje se divide entre aqueles que topam a agenda ambiental e aqueles que a temem, os progressistas e os conservadores."

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.