Seis mitos e verdades sobre alimentação

Confira alguns dos principais temas que causam polêmica no universo da nutrição

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Por Redação
Atualização:
As frutas também tem carboidratos e são os alimentos mais recomendados, com essas características,para comer à noite, segundo a nutricionista Karyna Pugliese Foto: Pixabay

Alimentação é um assunto vasto e cheio de nuances. Alguns temas ainda causam certa confusão e são sempre pauta de debates. Ouvida pelo Estado, a nutricionista Karyna Pugliese desvenda alguns mitos e reforça verdades sobre o que comemos e como fazemos nossas dietas.

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Comer carboidrato à noite engorda?

Não. É importante entender que comer carboidrato em qualquer situação do dia não engorda. O que pode elevar o peso é a qualidade ruim de um determinado carboidrato e a quantidade demasiada. Se a pessoa ingerir a quantidade adequada para seu organismo, mesmo comendo carboidrato à noite ela não irá engordar. Essa dúvida ocorre porque o metabolismo diminui durante este período, sobretudo no sono, e o corpo não trabalha com a mesma intensidade. Por exemplo, à noite, comer pão ou macarrão não é uma boa alternativa, não só por serem alimentos com alto teor de carboidratos mas também por não terem um balanceamento de outros nutrientes. É preferível comer uma fruta ou um vegetal como brócolis, que também têm carboidratos, mas em menor quantidade, contêm mais fibras e não são industrializados.

Alimentos termogênicos ajudam mesmo a emagrecer?

Sim. Os alimentos com característica termogênica ajudam a aumentar o ritmo do metabolismo. Pimenta, chá verde e café são alguns deles. A capsaicina (presente na pimenta) e a cafeína (presente no chá verde e no café) são compostos que proporcionam uma atividade maior ao organismo e ajudam a queimar gordura acumulada

A dieta do jejum intermitente funciona mesmo para emagrecer? Há benefícios para o corpo?

Sim. Ao jejuar, várias atividades ocorrem dentro das células do corpo. Por exemplo, seu corpo altera os níveis hormonais para tornar a gordura armazenada disponível para as células. Os protocolos mais comuns de jejum intermitente são compostos por jejuns diários de 16 horas, ou jejuns de 24 horas duas vezes por semana. Em jejum, o corpo inicia processos de reparo celular, que inclui a autofagia, processo no qual as células digerem e removem proteínas velhas e disfuncionais de dentro delas. A sensibilidade à insulina melhora e os níveis de dessa substância no sangue caem dramaticamente, o que permite que mais gordura armazenada fique disponível para ser queimada.

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Tomar água morna com limão espremido ao acordar, em jejum, ajuda a emagrecer?

Sim. O limão auxilia na perda de peso, devido a seu poder digestivo que limpa o fígado. O recomendado é espremer meio limão em um copo d’água morna e beber quando acordar, em jejum. O limão é rico na fibra pectina, que ajuda a moderar os desejos exagerados de comer. As pessoas que mantêm uma dieta mais alcalina tendem a perder peso mais rapidamente. Evite a água fria, pois o corpo necessita de mais energia para processar a água gelada do que a morna.

O kefir traz mesmo benefícios para a saúde?

Sim. Esse probiótico consegue se adequar ao organismo e ajuda a combater doenças gástricas e a reduzir o colesterol. Apresenta também eficiência no controle do sistema imunológico.

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Comer alimentos ricos em carboidratos antes de se exercitar faz mal?

Não. Os carboidratos são bons aliados antes da prática do exercício. Cerca de 1h30 antes do treino priorize os carboidratos de baixo índice glicêmico, como barras de cereal integrais, batata-doce, arroz integral, aveia e quinoa. Se o espaço de tempo entre a refeição e o exercício for curto, as fontes de carboidrato facilmente digeríveis, com alto índice glicêmico, fornecerão a energia necessária de forma mais rápida e adequada à ocasião. Neste caso, banana, mel, suco de frutas, tapioca, pão branco e milho são boas pedidas. Logo após o treino, coma novamente um desses alimentos com alto índice glicêmico e depois de cerca de uma hora deve-se fazer uma refeição completa, contendo carboidrato, proteína e gordura boa. Dois bons exemplos: um prato com salada, arroz integral e frango ou omelete com batata-doce.

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