O leste da África já está vivendo no limite e uma nova pesquisa que indica que secas ainda piores do que aquelas que devastaram a região no final do século XX são possíveis.
Cerca de 100 mil pessoas morreram em uma seca de várias décadas no Sahel que começou em 1960, e uma visão detalhada de sedimentos em lagos em Gana indicaram que tais períodos de seca ocorreram periodicamente, pontuados por ocasionais secas centenárias.
E a mudança climática poderia resultar em secas ainda mais desastrosas, de acordo com os pesquisadores norte-americanos que relatam suas descobertas na edição desta sexta-feira, 17, da revista Science.
"Claramente, muito do leste da África já está no limite de sustentabilidade, e a situação pode se tornar muito mais crítica no futuro com o aumento do aquecimento global", disse o pesquisador líder Jonathan Overpeck da Universidade do Arizona.
Os pesquisadores olharam sedimentos do lago Bosumtwi por cerca de três mil anos.