
05 de janeiro de 2021 | 14h20
MOSCOU - Cientistas russos encontraram na Sibéria restos bem preservados de um rinoceronte lanudo que provavelmente vagou pelo interior da Sibéria há mais de 12 mil anos, ainda no período conhecido como a última Era do Gelo. A carcaça foi encontrada na região de Yakutia.
Descobertas semelhantes na vasta região siberiana da Rússia vêm acontecendo com maior regularidade por causa das mudanças climáticas.
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O aumento de temperatura está esquentando o Ártico em um ritmo mais rápido do que o resto do mundo, provocando o derretimento do solo em algumas áreas com o chamado permafrost, solo permanentemente congelado presente principalmente no extremo do hemisfério norte.
O rinoceronte foi encontrado em um rio da região em agosto com parte de seu corpo preservado. Ele tinha todos os seus membros, alguns de seus órgãos, sua presa - uma raridade para tais achados - e até mesmo sua lã, segundo informou a cientista Valery Plotnikov ao veículo de imprensa local Yakutia 24.
Valery disse que o rinoceronte lanudo pode ter vivido no final da era do Pleistoceno, que terminou há 11.700 anos. Segundo a pesquisadora, o animal parecia usar sua presa para coletar comida, a julgar pelas marcas de erosão encontradas nela.
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