
18 de dezembro de 2009 | 07h58
O acordo entre EUA e emergentes é considerado pelo secretário-geral da Convenção do Clima, Yvo de Boer, crucial para obter avanços dos norte-americanos nas negociações. Na manhã de ontem, o ministro do Meio Ambiente da Índia, Jairam Ramesh, afirmou que o Basic aceitou três dos quatro pontos da proposta dos EUA sobre o mecanismo de MRV (sigla para a expressão Measurable, Reportable and Verifiable).
"Estamos de acordo sobre a verificação internacional das ações apoiadas por financiamento e tecnologia estrangeiros", confirmou Ramesh, sem revelar detalhes da proposta norte-americana. "O que fizermos por nós mesmos, sem dinheiro nem tecnologia estrangeira, faremos verificação nacional, com paradigmas internacionais."
Chefes de Estado e de governo de 193 países têm hoje, em Copenhague, a oportunidade histórica de provar ao mundo o quanto as mudanças climáticas são, mais do que um discurso, uma prioridade política mundial. Depois de dois anos de trabalhos diplomáticos, a 15ª Conferência do Clima (COP-15) das Nações Unidas chega a seu último dia ainda sob ameaça. Apesar de sinais positivos enviados ontem pelos Estados Unidos e por países emergentes, Brasil incluso, há o risco de a criação de um novo protocolo ser adiada em, pelo menos, seis meses.
Evolução das negociações
Ontem, uma maratona de negociações e de encontros bilaterais de ministros e presidentes, além de uma reunião extraordinária entre 25 chefes de Estado, à noite, tentava desatar os nós que impedem, até aqui, um acordo sobre a fixação de metas de redução das emissões de gases causadores do efeito estufa na atmosfera.
Depois de flertar com o colapso total na quarta-feira, quando a Dinamarca quase provocou o abandono das negociações pelos países da África, as discussões ontem evoluíram com o anúncio feito pela secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, de que aceitam uma linha de financiamento de até US$ 100 bilhões para ações de adaptação e redução das emissões até 2020. Apesar do sinal positivo, cresceu a chance de que as decisões mais importantes sejam adiadas em seis meses, em razão de atrasos nas negociações e pontos de divergência sobre o documento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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