
09 Julho 2009 | 13h05
O negociador climático chefe do Brasil criticou na quinta-feira o G8 por não tomar medidas mais fortes para reduzir o aquecimento global, dizendo que as metas de longo prazo propostas não têm sentido.
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Expansão econômica vs. sustentabilidade
O G8 concordou na quarta-feira, em sua cúpula anual, em apoiar a meta de reduzir as emissões globais de gases estufa em 50 por cento até 2050 e reduzir as emissões dos países ricos em 80 por cento.
"Sem uma meta intermediária muito clara, com um número, o número para o longo prazo não tem credibilidade", disse a jornalistas o negociador Luiz Alberto Figueiredo Machado, acrescentando que tal plano corre o risco de transmitir o ônus às gerações futuras.
Ele pediu que os países desenvolvidos reduzam suas emissões em até 40 por cento até 2020. E os países em desenvolvimento, como o Brasil, por sua vez, se comprometeriam a reduzir seu índice de crescimento, ele acrescentou.
"Os países em desenvolvimento concordam que, no médio prazo, haverá uma modificação significativa na curva (ascendente) das emissões. Ou seja, eles vão continuar a crescer, mas em ritmo muito menor", disse.
"E por que vão crescer? Imaginemos que o governo (brasileiro) leve a eletricidade à região rural. Isso vai significar que teremos mais um milhão de geladeiras, mais um milhão de rádios. Tudo isso implica em emissões."
(Redação de Phil Stewart)
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