27 de agosto de 2019 | 21h23
BRASÍLIA – Em meio à tensão sobre as queimadas e o desmatamento na Amazônia, a Rede Sustentabilidade protocolou no Senado nesta terça-feira, 27, um pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a situação. O líder do partido na Casa, Randolfe Rodrigues (AP), anunciou ter conseguido 30 assinaturas – das 27 necessárias – para protocolar o requerimento da CPI. Na Câmara, a oposição também ensaia articulação para tentar criar CPI da Amazônia na Casa.
A instalação da CPI depende do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que não sinalizou seu posicionamento. Aliados dele, no entanto, já fizeram discursos contra a criação da comissão. "Sabemos de temos problemas. Temos de enfrentar, mas não queremos expor o interesse nacional, a soberania nacional, o interesse regional dos nossos Estados. Acho que o momento é de maturidade, é de serenidade, é de responsabilidade com o interesse do Brasil", afirmou o senador Marcos Rogério (DEM-RO).
O entendimento da oposição no Senado é que a instalação de uma comissão permanente de senadores e deputados sobre mudanças climáticas, que deve ocorrer nesta quarta-feira, 28, não é suficiente porque não teria caráter de investigação. "Temos de investigar as causas dessa tragédia. Não acho que essa comissão responda à grave e trágica crise que está sendo enfrentada. A resposta do Congresso Nacional deveria ser mais efetiva", declarou o líder da Rede ao Estadão/Broadcast Político.
Os senadores da Rede também foram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir o impeachment do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. No entendimento dos parlamentares, o ministro cometeu crime de responsabilidade em suas decisões no cargo, além de atos incompatíveis com a função, ao perseguir agentes públicos.
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