
04 de novembro de 2011 | 16h22
"A questão de se a UE deve relaxar suas condições para (o corte) de 30 por cento não está politicamente em jogo neste momento", disse Artur Runge-Metzger, diretor para estratégia climática e internacional da Comissão da UE.
"Não vamos tirar (a proposta) de 30 por cento da mesa em Durban", disse ele, referindo-se a uma cúpula da ONU que vai de 28 de novembro a 9 de dezembro, que trabalhará em um acordo climático global para suceder o Protocolo de Kyoto, que vence em 2012.
Governos da UE concordaram em aprofundar a meta de redução nas emissões do bloco para 30 por cento até 2020 a partir dos níveis de 1990, em vez dos atuais 20 por cento, mas apenas se um forte acordo climático global for selado, restringindo também os principais emissores em uma meta similar.
À medida que a cúpula climática de Durban se aproxima, a UE disse que o mundo poderá não ser capaz de chegar a um acordo sobre um pacto climático vinculante para substituir o Protocolo de Kyoto até 2015.
Parece improvável que grandes emissores, como os Estados Unidos, aumentem suas ambições em breve, mas a proposta da UE se mantém, afirmou Runge-Metzger.
"Todo mundo está observando os EUA e se os EUA também são capazes de aumentar seu nível de ambição, mas em Washington há um impasse completo em termos de políticas climáticas", afirmou Runge-Metzger.
"Isso teve um efeito dominó. Outros países grandes, como a China, afirmaram que já cumpriram o que prometeram em Cancún e agora os outros precisam se envolver", acrescentou ele.
Os países em desenvolvimento, que são os mais vulneráveis aos impactos da mudança climática, têm regras mais recentes para o clima em comparação à UE e ainda têm de implementar medidas internas.
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