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Projeto de depósito de lixo perto do Taj Mahal é contestado

Segundo organizações de defesa do meio ambiente, emissão de metano ameaçará seu mármore branco

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Por Redação
Atualização:

O emblemático Taj Mahal, da cidade indiana de Agra, é novamente alvo de polêmica por um projeto que, segundo organizações de defesa do meio ambiente, ameaçará com suas emissões tóxicas o mármore branco do monumento.   O Executivo municipal de Agra, no norte da Índia, planeja instalar um grande depósito de lixo no bairro de Kuberpur, próximo ao monumento, para destinar resíduos emitidos na cidade, que tem 1,6 milhão de habitantes.   "O lugar escolhido para o despejo fica perigosamente perto do Taj Mahal e do rio Yamuna", disse à agência indiana Ians o ecologista Ravi Singh.   De acordo com Singh, o local do depósito está inserido em uma área de cerca de 10 mil quilômetros quadrados em torno do monumento e onde ficam limitadas atividades industriais, para protegê-lo.   "A produção de metano e a emissão de dioxinas, além do enorme volume de resíduos sólidos, causarão muito dano ao ambiente que cerca o Taj Mahal", protestou, por sua vez, o presidente da Sociedade Braj Mandal para Conservação do Patrimônio indiano, Surendra Sharma.   Outros ecologistas consideram que resíduos líquidos cairão automaticamente no rio Yamuna, cujo leito fica próximo ao mausoléu que o imperador mongol Shah Jahan construiu no século 17 em homenagem a sua esposa morta.   As autoridades, no entanto, afirmam que estão conscientes da situação, que "estudarão todos os aspectos do problema da contaminação" e que seguirão adiante com o projeto "só quando todos estiverem satisfeitos", segundo uma fonte oficial.   Com mais de 2,5 milhões de visitantes anuais, o monumento é o mais popular da Índia, tendo sido escolhido recentemente como uma das sete novas maravilhas do mundo em concurso mundial que premiou também o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.

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