04 de novembro de 2021 | 02h40
TÓQUIO - O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, prometeu fundos de até 10 bilhões de dólares ao longo de cinco anos para promover a transição energética, através de zero emissão de carbono, na Ásia. A medida foi anunciada durante aparição na terça-feira, 3, na cúpula do clima COP26 em Glasgow, Escócia.
"O Japão continuará a buscar esforços para obter emissões líquidas zero na Ásia, o motor do crescimento econômico global", disse. Esta é a primeira viagem oficial do primeiro-ministro japonês após declarar vitória nas eleições gerais no último domingo, 31.
O recurso se somaria ao 60 bilhões de dólares anunciado pelo Japão em junho para aproximar-se do compromisso dos países desenvolvidos de mobilizar um total de 100 bilhões de dólares anuais em financiamento climático, um dos pontos-chave das Nações Unidas na luta pelas mudanças climáticas.
Em seu discurso durante o segundo dia da COP26, Kishida também reafirmou o compromisso do Japão feito no ano passado com a neutralidade de carbono até 2050 e a redução das emissões de gases de efeito estufa em 46% até 2030, em comparação com os níveis de 2013. "O Japão continuará se esforçando para cumprir a meta de reduzir suas emissões em 50%", pontuou.
Com forte dependência do carvão, o Japão é o quinto país que mais emite CO2, atrás da China, Estados Unidos, Índia e Rússia (ou o sexto incluindo a União Européia como bloco), segundo dados da plataforma internacional Global Carbon Atlas.
Cargo temporário
O primeiro-ministro japonês Fumio Kishida anunciou ainda que assumirá, excepcionalmente, o Ministério das Relações Exteriores até a formação de seu novo gabinete após a vitória de sua formação, o conservador Partido Liberal Democrático (PLD).
Ministro das relações exteriores desde 2019, Toshimitsu Motegi foi nomeado Secretário-Geral e número dois do PLD, portanto terá que abandonar sua pasta.
No último domingo, o atual secretário-geral e figura-chave do partido, Akira Amari, perdeu em seu distrito e não conseguiu renovar sua cadeira no Parlamento através do sistema de constituintes de um único membro.
É a primeira vez que um secretário-geral da formação - que neste caso também liderou a campanha eleitoral - não consegue o apoio dos cidadãos. /EFE
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