População urbana vai quase dobrar até 2050

Especialistas discutem modelos de 'cidades sustentáveis' em preparação para a Rio+20

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Por Redação
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LONDRES - A cidades se expandirão em 1,5 milhão de quilômetros quadrados nos próximos 20 anos, afirmaram nesta terça-feira, 27, especialistas em meio ambiente reunidos em Londres para a conferência Planet Under Pressure. A área estimada é equivalente aos territórios da França, da Espanha e da Alemanha juntos.

 

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De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a população mundial passará de 7 bilhões para 9 bilhões em 2050, o que significa que, durante os próximos 38 anos, a cada semana, o mundo terá um milhão de habitantes a mais. Somado à migração de áreas rurais para as áreas urbanas, esse crescimento fará com que 6,3 bilhões de pessoas vivam em cidades em 2050, comparado aos 3,5 bilhões atuais.

 

"A questão não é se devemos urbanizar, e sim como devemos fazer isso. As cidades densas, desenhadas para serem eficientes, oferecem um dos caminhos mais promissores no que diz respeito à sustentabilidade", disse Michail Fragkias, da Universidade do Arizona.

 

Fragkias lembrou que, há um século, eram apenas 20 as cidades com mais de um milhão de habitantes no mundo. Atualmente, esse número saltou para 450 cidades, que ocupam aproximadamente 5% da superfície terrestre.

 

Os debates sobre modelos urbanos foi um dos temas centrais do segundo dia da conferência, onde são discutidas soluções para que o mundo tenha um desenvolvimento mais sustentável - uma preliminar para a Rio+20, que acontece em junho. Aproximadamente 3 mil especialistas, entre empresários, pesquisadores e ativistas, participam da Planet Under Pressure.

 

Poluição

 

Cerca de 70% do dióxido de carbono expelido na atmosfera é proveniente das concentrações urbanas, e por isso a discussão sobre modelos de cidades sustentáveis é um dos temas centrais para combater as mudanças climáticas, disse Shobhakar Dhakal, diretor do Projeto Global de Carbono.

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Em 2010, a atividade urbana foi responsável pela emissão de 25 bilhões de toneladas métricas de CO2 na atmosfera, comparado a 15 bilhões em 1990. Se não houver alterações nesses padrões, esse índice será de 36,5 bilhões em 2030. Segundo Dhakal, melhorar a eficiência da produção é um dos principais fatores para motivar essas mudanças.

 

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