18 de junho de 2009 | 18h14
A poluição do ar, poeira e outras partículas minúsculas que podem refletir a luz solar de volta ao espaço estão desacelerando o aquecimento global num ritmo menor que o esperado, diz um estudo realizado na Noruega.
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O trabalho, que busca ajudar a compreender como a mudança climática opera, disse que as estimativas científicas do potencial refletivo das partículas suspensas no ar subestimaram o acúmulo de fuligem preta, que tem o efeito oposto, acumulando calor.
"O carbono preto, ou fuligem, tem as emissões que aumentam mais depressa", disse Gunnar Myhre, do Centro para Pesquisa Ambiental e Clima Internacional de Oslo, na edição desta semana da revista Science.
Fuligem surge da queima de vegetação, como os incêndios florestais usados para limpar terreno para agricultura, e da queima de combustíveis fósseis.
Com os ajustes feitos para levar a fuligem e outros fatores em consideração, as partículas suspensas no ar reduzem a energia solar em 0,3 watt por metro quadrado, menos que o 0,5 W/m2 estimado por cientistas do Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC) da ONU.
Isso compensa cerca de 10% do impacto dos gases que aprisionam o calor na Terra, de cerca de 2,7 W/m2, disse Myhre.
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