
16 de dezembro de 2009 | 14h09
Manifestantes tentaram romper cordão policial próximo ao local onde é realizada a cúpula da ONU
COPENHAGUE - A polícia dinamarquesa prendeu 230 pessoas nesta quarta-feira, 16, quando manifestantes saídos de uma estação de trem tentaram romper o bloqueio plicial ao redor do Bella Centre, local onde é realizada a cúpula global sobre o clima. Os policiais, alguns com cães, usaram porretes e gás de pimenta para dispersar a multidão. Um homem escalou uma van da polícia e apanhou até cair na rua.
Alguns manifestantes batiam tambores em protesto. Poucos romperam o bloqueio. Uma testemunha da Reuters disse que alguns deles conseguiram passar pela barreira, mas foram posteriormente perseguidos e capturados pelos policiais.
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Um porta-voz do grupo que organizou a manifestação disse que eles querem romper o cordão policial e interromper as negociações.
As ruas no entorno do local das negociações e as estações de metrô próximas foram fechadas, aparentemente em resposta aos protestos. Um helicóptero sobrevoava a região e a polícia revistava os pertences das pessoas que se dirigiam ao local da conferência.
Os manifestantes saíram de Taarnby, subúrbio de Copenhague localizado a alguns quilômetros do local das conversas, onde representantes de 190 governos estavam reunidos. A marcha começou sob uma fina neve que caía do céu. Mais tarde a polícia manteve alguns manifestantes sob custódia próximo ao centro de conferências e um homem gritou: "Dissemos a vocês que seríamos pacíficos, e vocês reagiram com violência. Tenho vergonha de vocês."
A Ação por Justiça Climática, que organiza a marcha, disse que a expectativa é de mil pessoas participem do protesto. A polícia se recusou a estimar o número de manifestantes.
"Vamos passar pelo cordão policial, para podermos realizar uma assembleia popular e discutir com os delegados da cúpula (...) para obter uma solução climática", disse o ativista Peter Nielsen a uma TV local. "A polícia tenta se interpor no nosso caminho já faz uma semana. Esta é uma questão de resolver um problema global, e não vamos segurar as pessoas."
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