Parlamento do Reino Unido analisa petição que pede sanções ao Brasil por causa da Amazônia

Documento pede que País tome medidas efetivas para conter a alta dos desmatamentos e diz que o assunto tem 'importância global'

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Por Eduardo Gayer
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SÃO PAULO - O Parlamento do Reino Unido começou a analisar nesta segunda-feira, 7 de outubro, uma petição que pede que a União Europeia (UE) e a Organização das Nações Unidas (ONU) apliquem sanções ao Brasil, como forma de pressionar o País a tomar medidas efetivas para conter a alta dos desmatamentos na Amazônia.

A petição critica o presidente Jair Bolsonaro por supostamente promover o desenvolvimento da floresta sem considerar a preservação do meio ambiente. "O desmatamento ameaça as populações indígenas que vivem na floresta, a perda de um ecossistema precioso e complexo e uma reserva vital de carbono que retarda o aquecimento global", afirma o documento. Para os autores da petição, "o desmatamento da Amazônia é de importância global". 

O processo de morte das árvores da Floresta Amazônica pode durar pelo menos cinco anos depois do fogo Foto: Gabriela Biló/Estadão

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 O fórum de petições do Parlamento britânico traz a resposta oficial do governo local ao pedido apresentado. "O Reino Unido compartilha das preocupações sobre o desmatamento na Amazônia. O governo acredita que essas questões podem ser tratadas de maneira mais eficaz, por meio do diálogo e de nossos programas bilaterais", informa o legislativo do país.

Em discurso na Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a Floresta Amazônica "permanece praticamente intocada". Ele também criticou a aplicação de sanções ao Brasil por questões relacionadas à preservação da floresta "Um ou outro país, em vez de ajudar, embarcou nas mentiras da mídia e se portou de forma desrespeitosa, com espírito colonialista", disse, na ONU. "Um líder presente no encontro do G7 questionou nossa soberania e ousou sugerir aplicar sanções ao Brasil sem sequer nos ouvir", completou, em seu discurso.

 A frase foi entendida como uma crítica ao presidente da França, Emmanuel Macron, com quem Bolsonaro teve uma série de embates e divergências por conta da preservação da Amazônia.

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