Países mediterrâneos não querem proteger atum-azul

Utilizada em sushis, a espécie é valiosa no mercado, mas está ameaçada pela sobrepesca

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Por Redação
Atualização:

As nações europeias do Mediterrâneo rejeitaram medidas para proteger o atum-azul, espécie ameaçada de extinção extremamente valiosa no mercado. No mês passado, a chefe de pesca da União Europeia, Maria Damanaki,propôs reduzir a cota anual de pesca para 6 mil toneladas do peixe – neste ano, a cota foi de 13,5 mil toneladas.

 

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O atum-azul pode ter o tamanho de um cavalo, acelerar mais rápido que um carro esportivo e valer US$ 100 mil (ou R$ 172,9 mil) no mercado japonês, onde é apreciado por amantes de sushi. A população da espécie caiu mais da metade nos últimos 40 anos.

 

Ainda neste mês, ativistas do Greenpeace bloquearam a entrada do Ministério da Agricultura e Pesca da França esta semana. O grupo protestou contra a posição do governo francês em relação à pesca do atum-azul. O ministro da Agricultura francês, Bruno Le Maire, defende a cota de 13,5 mil toneladas/ano.

 

Os ambientalistas afirmam que a sobrepesca do atum-azul faz suas populações despencarem no Mediterrâneo e a leste do Atlântico. A Comissão Internacional para a Conservação do Atum no Atlântico, que regula o comércio da espécie, se reúne em Paris até o fim do mês.

 

Em março, o Japão e outros países asiáticos impediram os esforços nas Nações Unidas para declarar o peixe uma espécie ameaçada, o que poderia ter efetivamente banido o comércio internacional do atum-azul.

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