Pacto climático corre risco de fracasso, diz embaixador

Líder de duscussões na Alemanha diz que promessas de cortes estão muito abaixo do mínimo necessário

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Por Reuters
Atualização:

O acordo das Nações Unidas para a mudança climática, que deverá ser firmado em dezembro, será inútil se os países industrializados não aumentarem profundamente seus compromissos de corte de emissão de gases causadores do efeito estufa para 2020, disse o presidente de um importante grupo da ONU.

 

 

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 John Ashe, que chefia os trabalhos da reunião da ONU desta semana sobre o tema, afirmou que os compromissos anunciados até agora pelos países ricos ficam muito aquém da faixa de 25% a 40% abaixo dos níveis de 1990, delineada pelo comitê científico das Nações Unidas como necessária para evitar os efeitos Amis catastróficos da mudança climática.

 

"Seria difícil ficar fora dessa faixa e considerar o resultado um sucesso", disse Ashe, que é o embaixador de  Antígua e Barbuda na ONU.

 

"Com base nos compromissos atualmente na mesa, chegar a 25% já parece um grande esforço", disse Ashe a respeito das negociações, que são parte de uma série designada para culminar com a cúpula climática de Copenhague, em dezembro.

 

Até agora, as promessas feitas pelos países que tomam parte no Protocolo de Kyoto - todos os países industrializados, exceto os Estados Unidos - chegam a um total de cortes de 15% a 21% até 2020, sobre os níveis de 1990.

 

Acrescentando-se os EUA à conta, a redução total é ainda menor, já que o presidente Barack Obama pretende que os níveis de 2020 em seu país sejam iguais aos de 1990, o que representaria uma redução zero.

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Esta reunião é a primeira em que todos os países industrializados põem suas ofertas na mesa, Rússia e Nova Zelândia não se haviam manifestado no encontro anterior, em junho.

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