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Obama reúne nesta terça comissão que investiga o vazamento de óleo

Comissão é semelhante às que examinaram acidentes como o do ônibus espacial Challenger

Por ED STODDARD E SARAH IRWIN
Atualização:

O presidente dos EUA, Barack Obama, se reúne nesta terça-feira, 1, com os líderes de uma comissão criada por ele para investigar o pior derramamento de óleo na história do país, que agora representa uma nova ameaça às costas do Mississippi e Alabama.

 

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Depois de sofrer críticas de autoridades da Louisiana pela suposta demora do governo federal em reagir ao acidente, Obama fará na terça-feira sua primeira reunião com os copresidentes da comissão que ele criou para oferecer recomendações a respeito da atividade petrolífera em alto mar. É uma comissão semelhante às que examinaram os acidentes de 1986 com a nave espacial Challenger e de 1979 na usina nuclear de Three Mile Island. Paralelamente, o secretário de Justiça dos EUA, Eric Holder, fará em Nova Orleans uma reunião com procuradores federais e estaduais, prenunciando uma possível investigação criminal sobre o caso.

 

Operação de estancamento

A empresa anunciou no fim de semana o fracasso da sua tentativa de "sufocar" o vazamento com lama. Na terça-feira, as ações da BP despencaram 14% (não houve pregão na segunda-feira em Londres e Nova York, por causa de um feriado). A BP diz que a operação já consumiu US$ 990 milhões. Desde o acidente, em 20 de abril, a BP já perdeu mais de US$ 60 bilhões do seu valor de mercado.

No 43º dia da operação para tentar conter o petróleo, a empresa britânica preparou um novo plano para canalizar o material até a superfície, por meio de um tubo de 1.600 metros.

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Danos

O poço da BP começou a jorrar petróleo depois que uma plataforma de perfuração que estava sobre o local explodiu e afundou, matando 11 funcionários. Os manguezais e as áreas pesqueiras da Louisiana são as regiões mais atingidas até agora, mas a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) disse que ventos moderados do sul e sudeste podem fazer com que nesta semana a mancha de óleo se desloque para o norte, talvez chegando até quinta-feira aos arrecifes das costas do Mississippi e Alabama. A mancha já se espalha por mais de 160 quilômetros da frágil costa da Louisiana. Mississippi e Alabama registraram apenas eventuais bolas de piche e pequenas quantidades de óleo em suas praias. Mas o boletim da NOAA serviu como lembrete de que a mancha continua vagando descontrolada pelo golfo do México, podendo ameaçar inclusive a turística Flórida, além de Cuba e México.

(Reportagem adicional de Sarah Young em Londres; Jeremy Pelofsky e Matt Spetalnick em Washington; Pascal Fletcher em Miami, e Chris Baltimore em Houston)

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