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'Não dá para soltar rojão', diz Minc sobre desmatamento

Pequena queda na área desmatada representaria, segundo o ministro, uma 'semi-inversão de tendência'

Por Lisandra Paraguassu
Atualização:

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que não dá para "soltar um rojão" por conta dos dados divulgados nesta terça-feira, 15, mostrando uma pequena queda na área desmatada na Amazônia em maio, em comparação com abril. A redução - de 1.122 km² para 1.096 km² - representaria, nas palavras do ministro, uma "semi-inversão de tendência". Veja também: Campeão de desmatamento, MT comemora números do Inpe Veja o relatório divulgado nesta terça-feira (PDF) Novos dados de desmatamento não são ruins, diz Minc Atraso nos dados de desmatamento se deve à Casa Civil, diz MincAcompanhe a trajetória do desmatamento na Amazônia  Especial: Amazônia   No entanto, Mic disse que seu ministério já considera reduzir a projeção do desmatamento desse ano, que compreende o julho/agosto de 2007 a julho/agosto de 2008. A nova previsão, que deve sair em novembro, poderá cair para cerca de 13 mil km2, em vez dos 15 mil km2 projetados até agora. No entanto, esse resultado ainda seria maior do que no ano anterior, com 11,3 mil km2. Minc prometeu para dentro de uma semana o decreto que dará ao Ibama o mesmo poder da Receita Federal, de dispor dos bens apreendidos em ações de fiscalização. Hoje, os bens apreendidos - inclusive madeira ilegal - ficam a disposição da justiça e não podem ser tocados até o final do processo, o que pode levar anos. De acordo com os dados do Inpe, Mato Grosso continua sendo o Estado de maior área desmatada, com 646 km² em maio. Pela primeira vez, o Instituto avaliou o que era área de corte raso (onde não sobrou nada) e área de floresta degradada (onde houve desmatamento, mas sobrou mata). A área de corte raso, segundo o Inpe, representou 60% da área total desmatada. A pequena queda na área desmatada em maio, comparativamente ao mês anterior, levou o Ministério do Meio Ambiente a diminuir em dois mil quilômetros quadrados sua estimativa de desmatamento na região amazônica no período de 12 meses que se encerrará em agosto próximo, de 15 mil para 13 mil quilômetros quadrados. Mesmo assim, Minc considerou tal previsão "muito ruim", porque em igual período entre 2006 e 2007, a área desmatada foi de 11,3 mil quilômetros quadrados.

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