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Na semana em que completa 32 anos, Ibama fica sem helicópteros para fiscalizar florestas

Se com seis helicópteros o instituto já enfrenta fortes limitações para realizar o trabalho de proteção em todo o País, sem o equipamento o trabalho fica absolutamente inviabilizado

Foto do author André Borges
Por André Borges
Atualização:

BRASÍLIA - O Ibama, que na última segunda-feira, 22, completou 32 anos de atividades de defesa do meio ambiente, está prestes a ficar sem acesso a um recurso básico para realizar a proteção das florestas nacionais: seus helicópteros. Nesta sexta-feira, 26, acaba o contrato atual de aluguel de seis aeronaves que apoiam a fiscalização nacional do órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente.

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Uma contratação emergencial está em andamento para tentar garantir a disponibilidade das aeronaves o mais rápido possível, mas a reportagem apurou que o processo ainda corre lentamente dentro do Ibama e que, ao menos por alguns dias, o principal órgão de defesa ambiental estará sem meios de voar com suas equipes de fiscalização.

Se com seis helicópteros o Ibama já enfrenta fortes limitações para realizar o trabalho de proteção em todo o País e, especialmente, na região amazônica, onde as aeronaves são instrumento indispensável, sem o equipamento o trabalho fica absolutamente inviabilizado. Mas não se trata de uma situação de surpresa para o órgão ambiental e o MMA.

O Ibama passou mais de oito meses discutindo como seria o edital para licitar a contratação de serviços de helicópteros para, agora, sequer ter publicado um edital de contratação e ter de recorrer a uma “contratação emergencial”. A única mudança efetiva que ocorreu nos últimos meses foi a troca de comando da área, tendo passado por três diferentes titulares.

Dentro do Ibama, a avaliação de técnicos é de que tudo caminha para que a empresa firme um contrato emergencial com a empresa Helisul, que já presta os serviços ao órgão desde 2015. A empresa já teve seu contrato aditado várias vezes e este não pode mais ser renovado, com fim em 26 de fevereiro.

O contrato de serviços de helicópteros do Ibama é o mais caro de todo o órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente, superando a marca de R$ 60 milhões por ano. A ideia do Ibama é que o contrato emergencial tenha prazo máximo de seis meses, enquanto o processo de licitação regular será feito em paralelo. Quando o vencedor da licitação for definido, este assume o serviço imediatamente, suspendendo o emergencial.

Helicóptero de Operações Aéreas do Ibama, Dipro e NOA sobrevoa uma ilha de Paraty Foto: Marcos D'Paula/ Agência Estado - 06/02/2006

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