Mourão defende novo modelo de desenvolvimento para a Amazônia baseado em pesquisa e inovação

Vice-presidente e coordenador do Conselho Nacional da Amazônia Legal tem sido cobrado por uma posição mais firme do governo federal no combate às queimadas e ao desmatamento

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Foto do author Cicero Cotrim
Foto do author Thaís Barcellos
Por Pedro Caramuru , Cicero Cotrim e Thaís Barcellos
Atualização:

O vice-presidente e coordenador do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Hamilton Mourão, defendeu um novo modelo de desenvolvimento para a região amazônica que seja baseado em pesquisa e inovação. Mourão tem sido cobrado por uma posição mais firme do governo federal no combate às queimadas e ao desmatamento.

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Na última semana, o Ministério do Meio Ambiente anunciou que iria suspender ações de combate ao desmatamento e queimadas florestais a partir desta segunda-feira, 31, por falta de verbas.

No entanto, na última sexta, 28, o governou recuou da decisão. Menos de três horas após o anúncio, o ministro Ricardo Salles informou que os recursos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes (ICMbio), que cuida de unidades de conservação, não seriam mais bloqueados este ano.

Em evento promovido pela TV BandNews, Mourão disse que o Brasil está comprometido com a sustentabilidade e a superação do modelo extrativista predatório na Amazônia. "Somos um País sustentável, temos todas as características disso, não somos predadores", afirmou.

Retomada Verde tem painel com Hamilton Mourão sobre política nacional. Foto: Adriano Machado/Reuters

Segundo Mourão a região enfrenta uma série de problemas, entre eles: os ilícitos ambientais, o baixo desenvolvimento socioeconômico, a regularização fundiária, a infraestrutura deficiente, entre outros. "Falta água no mundo, 20% da água doce do mundo está na Amazônia", disse. "Nós vamos vender água. Temos de nos preparar para isso. Os empresários têm de começar a olhar isso".

Relações internacionais

Mourão disse ser necessário também resgatar a vocação econômico-comercial do Mercosul. "Nesse contexto de acirramento das tensões de disputa entre grandes potências qual a visão do Brasil? O pragmatismo e a flexibilidade", disse.

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