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Ministro diz que extinção da Renca foi 'falha de comunicação'

Titular de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, afirma que governo vai reabrir mesa para maior discussão sobre o fim da área

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Por Eduardo Rodrigues
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse nesta terça-feira, 26, que o governo "falhou na comunicação" sobre o decreto que extinguia a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca) e afirmou que a revogação da medida nesta terça ocorreu para que a discussão ocorra com mais tempo. 

"Acredito que houve uma falha na comunicação. Infelizmente a discussão sobre Renca foi por um caminho que não concordo", afirmou, em audiência conjunta das comissões de Infraestrutura (CI) e de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. "Vamos reabrir mesa de discussão para debater a (extinção da) Renca com mais tempo", completou.

Imagem aérea da Rio Amapari, nos limites da Renca. A região é uma das mais bem preservadas da Amazônia Foto: Daniel Beltrá/Greenpeace

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O presidente Michel Temer decidiu revogar, em decisão publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça, o decreto de extinção da Renca, uma área da floresta entre os Estados do Amapá e do Pará equivalente ao tamanho do Estado do Espírito Santo. Ao revogar o decreto, o governo restabelece as condições originais da área, criada em 1984.

O decreto de extinção da reserva foi assinado por Temer no dia 23 de agosto. Diante da repercussão negativa, o governo fez outro decreto, o que não aplacou as críticas vindas, inclusive de especialistas e da classe artística . O Ministério de Minas e Energia, depois, publicou portaria para congelar por 120 dias a proposta. A extinção da Reserva também era questionada no Senado.

A Renca originalmente não era uma área de proteção ambiental. Ela foi criada para assegurar a exploração mineral ao governo, mas, com o passar dos anos, acabou ajudando a proteger a região, na Calha Norte do Rio Amazonas, que é hoje uma das mais bem preservadas da Amazônia. 

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