Ministério pede a Temer que vete MPs de diminuição de florestas

Plenário da Câmara aprovou texto que reduz Flona do Jamanxim, no Pará, de 1,3 milhão de hectares para 561 mil

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Por Marcio Dolzan
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RIO - O Ministério do Meio Ambiente recomendou ao presidente Michel Temer (PMDB) que vete as alterações nas Medidas Provisórias 756 e 758, que reduzem áreas de Floresta Nacional (Flona) na Amazônia. No mês passado, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou mudanças no texto que fariam com que a Flona do Jamanxim, no Pará, tenha seus limites reduzidos dos atuais 1,3 milhão de hectares para 561 mil hectares. O restante da área seria transformada em Área de Proteção Ambiental (APA), o que permite ocupação.

Homens da Polícia Ambiental fiscalizam desmatamento ilegal de árvores no Parque Nacional Jamanxim, na Amazônia, próximo ao município de Novo Progresso, no Pará, em maio de 2017 Foto: Nacho Doce/Reuters

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A recomendação pelo veto foi dada na segunda-feira, 12, após encontro que reuniu ambientalistas e o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho (PV).

"Seria uma incoerência se nós não tivéssemos recomendado agora o veto às Medidas Provisórias 756 e 758, que atingem áreas de proteção da Amazônia. O Ministério do Meio Ambiente entregou um documento ao presidente da República e recomendou este veto", afirmou Sarney Filho na manhã desta terça-feira, 12, durante o seminário Rio Clima 2017.

O encontro está sendo realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e marca os 25 anos da Rio-92.

"As emissões do desmatamento na Amazônia fazem com que o Brasil seja um dos maiores emissores de gás do efeito estufa. E o desmatamento é a maior causa de emissão de gases do efeito estufa do Brasil", discursou o ministro, que reiterou "ter convicção" e acreditar "firmemente" que o presidente Michel Temer irá vetar as modificações feitas pelo Congresso no texto original. 

Antes do encontro, Sarney Filho já havia declarado que o assunto era o mais importante no momento. "Nossa luta mais imediata é para que o presidente vete as transformações feitas no Congresso", declarou.

Ao final do encontro, contudo, o ministro se recusou a se aprofundar no assunto. "Não quero que o presidente se sinta pressionado."

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