
08 de outubro de 2009 | 19h21
Os representantes do México na reunião sobre mudança climática que acontece em Bangcoc voltaram a defender nesta quinta-feira, 8, a criação de um fundo internacional para o combate ao aquecimento global.
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De acordo com a delegação mexicana, os recursos da iniciativa seriam captados a partir de contribuições obrigatórias para os países industrializados e opcionais para as nações em desenvolvimento.
"Embora o peso financeiro deva cair principalmente sobre os países desenvolvidos, os outros países, sobretudo os grandes, como China, Brasil, México, Índia e África do Sul, também deveriam contribuir para o esforço contra a mudança climática", disse à Agência Efe o representante especial do México para a Mudança Climática, Luis Alfonso de Alba.
Na conferência de Bali de 2007, os países ricos se comprometeram a ajudar economicamente as nações emergentes a combater as queimadas e a reduzir sua dependência em relação aos combustíveis fósseis, responsáveis pela maior parte das emissões de gases causadores do efeito estufa.
Os países em desenvolvimento presentes na reunião de Bangcoc, que termina amanhã, exigem que as nações ricas quantifiquem a ajuda prometida. Estas, por sua vez, querem saber primeiro que tipo de programas vão financiar.
"Devemos ter uma proposta financeira clara dos Estados Unidos e da Europa. A partir daí, todos poderão concretizar suas propostas", esclareceu Alba.
O representante mexicano frisou que "México quer ir além e propor que os grandes países em desenvolvimento também contribuam, de maneira voluntária e de acordo com suas emissões de gás e sua capacidade financeira".
A Índia já disse que não contribuirá para esse fundo, mas a delegação mexicana acredita que o país mudará de ideia se os países industrializados demonstrarem um maior compromisso.
"Segundo nossos cálculos, os países desenvolvidos forneceriam 2/3 dos recursos do fundo global, e as nações em desenvolvimento, o resto", destacou Alba.
O mexicano afirmou ainda que "os US$ 10 bilhões ou US$ 20 bilhões ao ano sugeridos por EUA e Europa são claramente insuficientes, considerando que o Banco Mundial diz que os países industrializados deveriam gastar US$ 150 bilhões ao ano" no combate à mudança climática.
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