PUBLICIDADE

Mancha está diminuindo, diz The New York Times

Ventos de tempestades que se formaram sobre o golfo, bactérias que se alimentam de óleo e ações emergenciais contribuíram para a diminuição

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Matéria do The New York Times desta quarta-feira afirma que a mancha resultante do vazemanto de óleo do Golfo do México está dissolvendo mais rápido do que o esperado - um esboço de boa notícia que lança novas questões sobre o quão rapidamente o governo deveria redimensionar sua responsabilidade pelo desastre nas águas profundasdo golfo.

 

PUBLICIDADE

As imensas placas superficiais de óleo que cobriram milhares de metros quadrados no oceano depois da explosão do dia 20 de abril desapareceram, enquanto as bolhas de alcatrão e óleo emulsificado continuam sendo avistadas aqui e ali.  

Os repórters que sobrevoaram a área no domingo avistaram apenas alguns fragmentos de faixas ocasionais de óleo de espessura mais grossa, e as imagens de radar feitas desde então sugerem que esses remanescentes estão se quebrando rapidamente nasuperfície das águas quentes do golfo.

John Amos, presidente do grupo de ambiental de protação SkyTruth,que criticou vivamente as estimativas iniciais - e baixas - do tamanho do vazamento da BP, notou que nenhuma quantidade de óleo jorrou do poço nas últimas duas semanas. "O óleo tem pouca vida útil na superfície", afirmou Amos à repertagem do The New York Times depois de examinar as imagens de radar. "Nesse ponto, aquele óleo gorduroso está começando a sew dissipar realmente rápido".  

A dissolução do óleo deve reduzir o risco de chegada de manchas às praias e de morte de animais. Mas não esgota os problemas e as incertezas científicas associados com o vazamento, e os líderes federais enfatizaram esta semana que não tinham intenção de fugir desses problemas.

 

Os efeitos na vida marinha das grandes quantidades de petróleo que se dissolveram sob a superfície ainda é um mistério, diz a matéria do The New York Times. Dois relatórios preliminares do governo revelam que a concentração de componentes tóxicos nas profundezas do oceano é baixa, mas os relatórios deixaram muitas questões sem resposta, especialmente no tocante ao aparente declínio dos níveis de oxigênio na água.E a compreensão dos efeitos do vazamento nas orlas que foram atingidas, incluindo os pântanos costeiros da Luisiana, deverá ocupar os cientistas por anos.

 

Os pescadores ao longo das costas atingidas são profundamente céticos e expressam preocupação com os efeitos a longo prazo dos dispersantes químicos usados para combater o vazamento e do óleo que submergiu, particularmente sobre as larvas de camarão e caranguejo que suprirão as futuras temporadas de pesca.

Publicidade

 

De acordo com a matéria do The New York Times, cinetistas dizem que vários fatores contribuíram para a rápida dispersão do óleo na superfície. O golfo tem uma enorme capacidade natural de quebrar o petróleo que vaza a uma taxa estável. Como nenhuma das infiltrações está próxima do tamanho do vazamento, infere-se que as águas do golfo estão repletas de bactérias que podem "comer" o óleo. Os ventos de duas tempestades que se formaram sobre o golfo nas últimas semanas aparentemente também contribuíram para uma dispersão rápida do óleo. Tudo isso, somado ao plano de contingência montado pela BP e pelo governo, que envolveu mais de 4 mil barcos atacando a mancha com equipamentos de remoção de óleo, queima controlada e outras táticas, fez com que o óleo se dispersasse rapidamente na superfície.

 

A matéria alerta, entretanto, que a diminuição da mancha na superfície não significa que não haja mais óleo submerso.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.