26 de agosto de 2019 | 11h24
SÃO PAULO - Poucos minutos depois de a imprensa brasileira noticiar que o presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou esperar que os brasileiros venham a ter um presidente que se comporte à altura do cargo, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a criticar o chefe do Executivo francês em sua conta pessoal no Twitter e afirmou que ele fez "ataques descabidos e gratuitos à Amazônia".
"Não podemos aceitar que um presidente, Macron, dispare ataques descabidos e gratuitos à Amazônia, nem que disfarce suas intenções atrás da ideia de uma 'aliança' dos países do G-7 para 'salvar' a Amazônia, como se fôssemos uma colônia ou uma terra de ninguém", escreveu o presidente nesta segunda-feira, 26.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, também chamou de "oportunistas" as declarações do presidente francês.
Macron havia sido questionado sobre a reação de Bolsonaro a um comentário em que um seguidor da sua página no Facebook postou fotos dos chefes de Estado com suas respectivas primeiras-damas, afirmando que o mandatário francês teria inveja de Bolsonaro porque sua esposa é 24 anos mais velha do que ele.
"Outros chefes de Estado se solidarizaram com o Brasil, afinal respeito à soberania de qualquer país é o mínimo que se pode esperar num mundo civilizado", finalizou Bolsonaro na rede social.
Mais cedo, o presidente questionou mais uma vez o interesse de alguns países por trás do apoio ao Brasil para combater incêndios na região amazônica. Com um exemplar do jornal O Globo em mãos, Bolsonaro citou a manchete da edição desta segunda, do veículo: "Macron promete ajuda de países ricos à Amazônia".
"Será que alguém ajuda alguém, a não ser uma pessoa pobre, sem retorno? O que ele está de olho na Amazônia?", indagou Bolsonaro sobre a frase.
O presidente também criticou a imprensa e disse que não iria responder perguntas de jornalistas nesta segunda porque conteúdos que considera relevantes não foram publicados pela imprensa como ele esperava.
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