10 de dezembro de 2009 | 10h54
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou nesta quinta-feira, 10, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou por prorrogar o prazo final do decreto sobre o Código Florestal por mais dois anos. Pelo decreto atual, a partir de amanhã os produtores rurais que não estivessem em conformidade com a lei estariam sujeitos a sofrer sanções. A informação foi transmitida a Stephanes em reunião que terminou na noite desta quarta-feira no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, e que teve a participação de outros ministros.
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De acordo com Stephanes, Lula deve assinar o decreto ainda nesta quinta-feira e publicá-lo no Diário Oficial da União desta sexta-feira. Conforme o ministro, a decisão foi tomada porque não haveria tempo suficiente para definir cinco itens básicos que ainda estão pendentes.
Stephanes não quis entrar em detalhes a respeito desses cinco pontos. Disse apenas que quatro deles "estão encaminhados" e que o último deles será debatido entre os Ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura, em janeiro. Esse item trata de cultivos às margens de rios, principalmente quando se trata de beira de riacho, segundo Stephanes. "Há essa necessidade porque a mudança está muito brusca de uma lei para outra. Temos de encontrar um meio para que o produtor possa cumprir as novas exigências", explicou. "Temos de achar formas técnicas para sair dessa situação", acrescentou.
O ministro salientou que a decisão pela prorrogação do decreto se deu porque não haveria tempo suficiente para levar possíveis alterações ao Congresso Nacional por meio de uma medida provisória e tampouco haveria tempo hábil para se confeccionar um projeto de lei sobre o assunto. Se a decisão de Lula for confirmada até amanhã, a medida terá de ser definida ao fim do primeiro ano do mandato do novo presidente da República.
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