Lula diz que, se vazamento fosse no Brasil, haveria um escândalo

Presidente crê que, se o incidente da BP fosse na Guanabara, o mundo teria feito duras críticas

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Por Redação
Atualização:

RIO DE JANEIRO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, 31, que, se o Brasil tivesse sido o responsável pelo vazamento de petróleo no Golfo do México, já teria sido objeto de diversas críticas por parte dos países desenvolvidos.

 

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"Acho engraçado como a imprensa trata uma coisa dessas. Imagina se fosse a Petrobras. Imagina se fosse aqui na Baía de Guanabara, o escândalo que o mundo desenvolvido teria feito contra nós. Imagina quantas matérias contra o Brasil", afirmou o presidente.

 

A Petrobras, que também opera no Golfo do México, extrai mais de 90% do petróleo brasileiro de áreas marinhas e é uma das empresas com a tecnologia mais avançada no mundo em operações em águas profundas.

 

Em janeiro de 2000, a estatal foi responsável por um derrame de 1.292 toneladas de petróleo na baía de Guanabara, o que provocou uma grave tragédia ambiental no Rio de Janeiro e deixou milhares de pescadores sem ter como trabalhar.

 

O acidente foi causado pela ruptura de um encanamento submarino que alimentava a refinaria de Duque de Caxias, operada pela Petrobras nos arredores do Rio de Janeiro.

 

Na época, o vazamento foi considerado a maior tragédia ambiental em muitos anos no Brasil e transformou a Petrobras em alvo de diversas críticas nacionais e internacionais.

 

O vazamento de petróleo no Golfo do México, que começou no dia 20 de abril e ainda não foi controlado, é de responsabilidade da companhia petrolífera britânica British Petroleum (BP).

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As autoridades americanas o qualificaram como "possivelmente o pior desastre ecológico" na história do país. Os especialistas calculam que a fuga de petróleo do poço da BP fique entre 12 mil e 19 mil barris por dia.

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