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Leilão de 'bois piratas' pelo Ibama volta a fracassar

Tentativa de vender aniamis apreendidos na Amazônia já havia pracassado na última semana

Por Alexandre Inácio e da Agência Estado
Atualização:

cassou novamente a tentativa do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de leiloar animais apreendidos no Pará, os chamados "bois piratas", numa tentativa de reprimir a pecuária em áreas de desmatamento irregular.   Nenhum dos quatro lotes ofertados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) teve proposta de compra, e os 3.046 animais ainda não foram vendidos.   Na semana passada, tanto a Conab quanto o Ibama justificaram que o fracasso da primeira tentativa era "normal", por se tratar da primeira operação com esse tipo de produto. Os técnicos das duas entidades disseram que fariam ajustes para o remate desta segunda-feira, 21, mas as alterações não surtiram o efeito desejado. Uma das mudanças foi a redução de 3.500 para as 3.046 cabeças. Além disso, o valor total dos quatro lotes ofertados recuou de R$ 3,9 milhões para R$ 3,15 milhões.   Analistas disseram que as informações presentes no edital não são suficientes para atrair possíveis compradores. Além disso, os preços mínimos estabelecidos pelo governo estão acima das médias do mercado. Na oferta desta segunda, por exemplo, o valor de um touro era de R$ 3.150. O valor médio das vacas foi de R$ 78,82 por arroba, bem acima da média de R$ 70 pago pela arroba de fêmeas no Pará.   Segundo o analista Fabiano Tito Rosa, a forma com que o governo está querendo vender esses animais não é a mais adequada. "O governo vai ter que filmar esses animais, fotografar, dar um peso médio, a idade dos animais e conceder informações mínimas para despertar o mínimo de interesse", explica o analista.

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