Justiça mantém prisão de engenheiros da Vale que atestaram segurança de barragem
Além de três funcionários da mineradora, outros dois engenheiros terceirizados também permanecerão detidos
Por Redação
Atualização:
A segunda instância da Justiça de Minas Gerais decidiu manter a prisão de três funcionários da mineradora Vale, presos na semana passada no âmbito das investigações do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). A decisão foi proferida pelo desembargador Marcílio Eustáquio Santos, na sexta-feira (1º).
No despacho, o magistrado entendeu que não há ilegalidades nos fundamentos apresentados pela primeira instância, que decretou a prisão do geólogo Cesar Augusto Grandchamp; do gerente de Meio Ambiente, Ricardo de Oliveira, e do gerente do Complexo de Paraopeba da empresa, Rodrigo Artur Gomes de Melo.
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De acordo com o Ministério Público, os três funcionários estão diretamente envolvidos no processo de licenciamento ambiental da barragem. Dois engenheiros terceirizados que atestaram a estabilidade da barragem também estão presos.
Após o cumprimento dos mandados de prisão pela Polícia Federal (PF), a Vale divulgou nota à imprensa na qual informou que está à disposição das autoridades. "A Vale permanecerá contribuindo com as investigações para a apuração dos fatos, juntamente com o apoio incondicional às famílias atingidas."
Escavadeiras similares à tanques de guerra são usadas em busca por corpos em Brumadinho
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Escavadeiras similares à tanques de guerra são usadas em busca por corpos em Brumadinho
Trabalho de busca pelas mais de 200 vítimas da tragédia de Brumadinho que ainda estão desaparecidas passou a utilizar escavadeiras com esteiras simila... Foto: Wilton Júnior/ EstadãoMais
Escavadeiras similares à tanques de guerra são usadas em busca por corpos em Brumadinho
'Máquina de guerra' tem conseguido se movimentar sobre a lama, que ainda está mole em boa parte da área atingida. Foto: Wilton Júnior/ Estadão
Escavadeiras similares à tanques de guerra são usadas em busca por corpos em Brumadinho
O 'Estado' sobrevoou toda a área que foi coberta pelo rejeito da barragem do Córrego do Fundão. Foto: Wilton Júnior/ Estadão
Escavadeiras similares à tanques de guerra são usadas em busca por corpos em Brumadinho
Desastre em Brumadinho deixa mortos e desaparecidos; rios e animais também são vítimas da tragédia. Foto: Wilton Júnior/ Estadão
Escavadeiras similares à tanques de guerra são usadas em busca por corpos em Brumadinho
Dois tratores com esteiras mergulhavam lentamente suas escavadeiras no barro. Foto: Wilton Júnior/ Estadão
Escavadeiras similares à tanques de guerra são usadas em busca por corpos em Brumadinho
Dez dias depois da tragédia, ainda é difícil e arriscado acessar a área. Foto: Wilton Júnior/ Estadão
Escavadeiras similares à tanques de guerra são usadas em busca por corpos em Brumadinho
Durante toda a semana, equipes percorreram as margens a tragédia em acessos por terra. Foto: Wilton Júnior/ Estadão
Escavadeiras similares à tanques de guerra são usadas em busca por corpos em Brumadinho
A maioria das buscas só foi possível com o uso de helicópteros, operação que segue em andamento. Foto: Wilton Júnior/ Estadão
Técnicos ambientais ouvidos pela reportagem afirmam que as buscas e as exigências para que as vítimas sejam encontradas são os fatores que devem ser priorizados na remoção do barro.
Escavadeiras similares à tanques de guerra são usadas em busca por corpos em Brumadinho Foto: Wilton Júnior/ Estadão
Escavadeiras similares à tanques de guerra são usadas em busca por corpos em Brumadinho
Mais de 200 pessoas ainda estão desaparecidas; Ibama encontrou mais dois corpos neste sábado Foto: Wilton Júnior/ Estadão
Na manhã deste domingo (3), os bombeiros iniciaram o décimo dia de buscas por vítimas do rompimento da barragem. De acordo com balanço mais recente divulgado pela Defesa Civil de Minas Gerais, 395 pessoas foram localizadas pelas equipes de buscas, 226 continuam desaparecidas e 121 morreram.