14 de dezembro de 2010 | 11h20
O Japão vai continuar buscando um amplo tratado climático, com a inclusão da China e Estados Unidos, já que a conferência de Cancún, encerrada na sexta-feira, deixou essa possibilidade em aberto, disse o ministro japonês de Meio Ambiente nesta terça-feira.
Ryu Matsumoto, que comandou a delegação japonesa em Cancún, no México, afirmou que seu país continua defendendo que o Protocolo de Kyoto seja substituído por um acordo mais abrangente. O atual tratado, que expira em 2012, obriga cerca de 40 países desenvolvidos a reduzirem suas emissões de gases do efeito estufa. Mas os dois maiores emissores do mundo - China e EUA - não participam.
A divisão entre países ricos e pobres sobre as responsabilidades de cada parte no combate à mudança
climática marcou as discussões de Cancún a respeito da eventual prorrogação do Protocolo de Kyoto.
Matsumoto disse que o Japão gostaria de adotar um novo tratado com base no Acordo de Copenhague, de 2009, que comprometeria 140 países com reduções nas emissões. Ele disse que o Protocolo de Kyoto está defasado por abranger atualmente menos de 30% das emissões globais.
Ele disse também que o Japão mantém a intenção de criar um sistema compulsório de negociação de créditos
para emissões, como parte de um projeto climático que o governo enviou ao Parlamento. Sem maioria no Senado, o governo precisará do apoio de outros partidos para aprovar o projeto.
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