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Incêndio queima 300 hectares em reserva ambiental no oeste de São Paulo

Queimada começou em canavial e devastou parte da área ambiental que fica na cidade de Castilho; fogo já queimou 370 campos de futebol, de acordo com os bombeiros

Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA - Um incêndio já destruiu ao menos 300 hectares de campos e matas, até o início da tarde desta quarta-feira, 28, em uma reserva ambiental da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), no município de Castilho, no extremo oeste do Estado. A queimada começou na tarde de segunda-feira, 26, em um canavial da região e as chamas se propagaram para a área com remanescentes de mata atlântica. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a extensão queimada equivale e 370 campos de futebol.

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 A área atingida fica próxima do Parque Estadual do Aguapeí, unidade de conservação estadual. O fogo se espalhou pelas margens dos rios Aguapeí e Paraná, e abriu uma frente de mais de 10 quilômetros. Moradores relataram a fuga de animais, como veados-campeiros e tamanduás-bandeira, para escapar das chamas. Segundo o Pelotão de Bombeiros de Andradina, a equipe foi acionada na manhã de terça-feira, 27, e passou a noite combatendo as chamas.

Além do emprego do efetivo local, foram pedidos reforços ao Grupamento Aéreo de Araçatuba, que enviou duas aeronaves. Brigadistas do Plano de Auxílio Mútuo das Usinas da Região também acorreram para o combate aos focos. Uma equipe da Cesp usou um drone para orientar o ataque ao incêndio.

Com a queda na temperatura, na madrugada, as chamas arrefeceram. Uma mudança na direção do vento também impediu que o incêndio se alastrasse para o parque estadual do Aguapeí. Os bombeiros registraram a morte de animais, como tatus, cobras e quatis. Em nota, a Cesp informou que estava apurando o que poderia ter causado o fogo.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no mês de agosto, foram registradas 567 queimadas no Estado – 37 apenas nesta terça-feira, 27. Em julho tinham sido 393 focos e, em junho,quando começou o tempo seco, 290 ocorrências. Algumas regiões do Estado estão sem chuvas há mais de 30 dias.

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