
20 de agosto de 2020 | 12h09
Atualizado 20 de agosto de 2020 | 19h21
BELO HORIZONTE - O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais conseguiu combater na tarde desta quinta-feira completamente um incêndio de grandes proporções que teve início no sábado, 15, no Parque Nacional da Serra da Canastra, onde fica a nascente do Rio São Francisco, na Região Centro-Oeste do Estado. Dezesseis grupos, entre bombeiros e brigadistas, com um total de 73 pessoas, e apoio de helicópteros e aviões, ajudam a apagar as chamas. O clima seco na região dificultou o trabalho das equipes.
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O fogo destruiu 23.850 hectares de área do Parque, que tem aproximadamente 200 mil hectares. Nesta quinta-feira, quando os trabalhos foram retomados, o principal temor, de acordo com o Corpo de Bombeiros, era de que o vento e a altitude do local, de aproximadamente 1,5 mil metros, aliados à circulação do ar, poderia carregar fagulhas para outros pontos do parque, aumentando ainda mais a possibilidade de destruição. Devido à pandemia do novo coronavírus, o local está fechado para visitação pública. Ainda não foram identificadas as causas do incêndio, que pode ter origem criminosa.
Por ser uma área de difícil acesso, as aeronaves utilizadas no combate às chamas, um helicóptero e dois aviões, foram usados no transporte de parte das equipes e no lançamento de água sobre as chamas. Outra parte do grupo de militares e brigadistas foi levada aos focos de incêndio em veículos de tração forte.
O Parque Nacional da Serra da Canastra tem vegetação predominantemente de cerrado e abriga espécies animais ameaçadas de extinção, como o pato mergulhão.
#incêndio de grandes proporções que atinge a Serra da #Canastra.
— Bombeiros_MG (@Bombeiros_MG) August 18, 2020
12 #bombeirosmg especialistas em combate à incêndios florestais do envolvidos nesta operação de combate às chamas, sendo 5 de Uberlândia, 5 de Uberaba e 2 de Araxá. pic.twitter.com/NGxn2qbKjt
Segundo informações do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), o local "apresenta ainda dois sítios arqueológicos em condições de preservação e segurança precários e ainda mal estudados". Ainda conforme o instituto, os sítios são formados por pinturas rupestres "e outros elementos ainda não totalmente identificados".
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