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Ibama cobra explicações da Shell sobre barris encontrados no litoral do Nordeste

Empresa diz que barris continham lubrificantes e não têm relação com manchas de óleo nas praias

Foto do author André Borges
Foto do author Amanda Pupo
Por André Borges , Amanda Pupo (Broadcast), Tania Monteiro e Fabio Grellet
Atualização:

BRASÍLIA e RIO - O Ibama vai cobrar explicações da Shell sobre o aparecimento de barris no litoral do Nordeste atrelados à empresa. Paralelamente, o órgão pedirá cópia do laudo técnico da Universidade Federal de Sergipe (UFS) sobre o material que foi encontrato nos barris que chegaram ao litoral do Estado. A apuração está relacionada as manchas que se espalham pelo mar na Região Nordeste. A informação foi confirmada à reportagem pelo presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim.

Segundo ele, a análise do Ibama parte de um pedido do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. “Vamos cobrar explicações da Shell e cópia do laudo da Universidade, no mínimo”, disse Bim ao Estado. 

Procurada, a Marinha informou que as manchas de óleo que chegaram às praias do Nordeste não são compatíveis com o material encontrado em amostra de barril da Shell. 

Manchas de óleo atingiram foz de rio próximo de Aracaju Foto: Adema

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Nesta semana, investigações da Marinha e da Petrobras encontraram petróleo com a mesma “assinatura” do óleo da Venezuela nas manchas do litoral. Essa informação já havia sido comunicada ao Ibama. O poluente já foi identificado em mais de 138 pontos no litoral dos nove Estados da região.

Também nesta semana, a Petrobras afirmou que a análise realizada pela empresa em amostras de petróleo cru encontrado em praias do Nordeste “atestou, por meio da observação de moléculas específicas, que a família de compostos orgânicos do material encontrado não é compatível com a dos óleos produzidos e comercializados pela companhia”.

Por meio de nota, a Shell afastou relação entre os barris e as manchas de óleo. "A Shell Brasil esclarece que o conteúdo original dos tambores localizados na Praia da Formosa, no Sergipe, não tem relação com o óleo cru encontrado em diferentes praias da costa brasileira", diz o texto. "São tambores de óleo lubrificante para embarcações, produzido fora do país. O Ibama está ciente do caso."

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