04 de novembro de 2010 | 20h11
Os planos para o armazenamento subterrâneo de dióxido de carbono abaixo de uma pequena cidade holandesa, estratégia de reduzir as emissões e combater o aquecimento global, foram rejeitados nesta quinta-feira pelo governo da Holanda.
No projeto, estava previsto o bombeamento de 11 milhões de toneladas de dióxido de carbono em 2011, a partir de uma refinaria de óleo da Shell, em dois campos de gás 1,2 milhas (2 km) abaixo de Barendrecht, uma cidade de 43,000 habitantes.
O ministro de Assuntos Econômicos Maxime Verhagen, entretanto, disse que “o plano é inviável a curto prazo”. A operação, que já foi adiada por três anos, é alvo de protestos dos moradores da cidade. A principal queixa são os possíveis vazamentos de CO2 do solo.
Proprietários de casas têm feito várias objeções à proposta, com a preocupação de que os preços da habitação despenquem, já que perspectiva dos vazamentos pode amedrontar potenciais compradores. A tecnologia de captura e armazenamento de dióxido de carbono ainda está em fase experimental.
Verhagen afirmou, em uma carta ao Parlamento, que armazenar carbono continua fazendo parte da estratégia do governo holandês para o combate às alterações climáticas.
“A desistência do projeto em Barendrecht não significa o fim das iniciativas para o armanezamento de dióxido de carbono nos Países Baixos”, disse.
Os manifestantes que protestaram contra o bombeamento de carbono em Barendrecht não foram localizados.
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