Ativistas do Greenpeace a bordo do navio Esperanza impediram nesta terça-feira, 22, o reabastecimento da embarcação Nisshin Maru, uma das que compõem a frota baleeira japonesa na Antártida, a fim de "evitar a deterioração do meio ambiente desta região". Os ecologistas atravessaram uma de suas lanchas entre o baleeiro Nisshin Maru e o Oriental Bluebird, navio de bandeira panamenha que agia como fornecedor de combustível. O Greenpeace informou em comunicado que Sakyo Noda, membro japonês da organização, leu por rádio uma mensagem em espanhol, inglês e japonês à tripulação do Oriental Bluebird, na qual pediu que o navio "deixasse as águas da Antártida imediatamente". Noda manifestou que a zona "foi declarada uma área particularmente sensível pela Organização Marítima Internacional, e uma reserva natural dedicada à paz e à ciência pelo Protocolo do Meio Ambiente do Tratado da Antártida". Além disso, o Greenpeace disse que o Governo japonês emite permissões a seis navios com o objetivo de caçar baleias "com fins científicos", e apontou que o navio panamenho não recebeu tal autorização. O ativista panamenho Mir Rodríguez, que viaja para bordo do Esperanza, denunciou que "o Executivo panamenho adotou a posição de defensor das baleias no Congresso Internacional sobre Baleias (IWC) e agora está tomando parte na caça destes cetáceos no santuário baleeiro da Antártida". Representantes da organização asseguram que durante os onze dias em que estiveram seguindo o Nisshin Maru, o navio japonês não caçou qualquer baleia, possivelmente para que as câmaras de vídeo dos ecologistas não pudessem registrá-lo.