
28 de setembro de 2010 | 10h18
BERLIM - A organização ambientalista Greenpeace desde as primeiras horas desta manhã ações de protesto contra as 12 usinas nucleares alemãs em funcionamento, para denunciar o plano de energia deverá ser aprovado nesta terça-feira, 28, pelo gabinete da chanceler Angela Merkel.
O plano, que concebe a política energética na Alemanha para as próximas quatro décadas, prevê, entre outras coisas, aumentar a vida útil das centrais nucleares alemãs em cerca de 12 anos, a fim de garantir o suprimento, reduzir as emissões de CO2 e facilitar o desenvolvimento de energias alternativas.
Ativistas do Greenpeace projetaram sobre as torres de refrigeração gigantes e outros edifícios de várias usinas nucleares, o slogan "A energia nuclear é um perigo para a Alemanha."
O Greenpeace exige que o ministro do Meio Ambiente alemão, Norbert Röttgen, rejeite o plano, o encerramento imediato dos sete reatores mais antigos e o abandono definitivo da energia nuclear em 2015.
"Ainda há o perigo de contaminação radioativa no caso de um grave acidente nuclear e a produção de lixo atômico continua, embora ainda não há um repositório final para o armazenamento", disse o especialista em energia do Greenpeace Tobias Münchmeyer em um comunicado.
O Greenpeace também acredita que o prolongamento das usinas nucleares inibe o desenvolvimento de energias alternativas.
"O chamado conceito energético do governo nada mais é que um invólucro para um presente de milhões de dólares para consórcios atômicos, disse Münchmeyer.
A ação do Greenpeace foi alvejada pelos chefes de várias centrais nucleares, que iluminaram as torres de refrigeração de seus reatores com focos tão fortes que conseguiram borrara mensagem projetada pelos ambientalistas.
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