Um barco do Greenpeace sairá nesta quinta (12) de Londres para protestar contra a atividade de plataformas petrolíferas em águas profundas, sendo o Brasil um possível destino, no que a organização ambientalista define como uma atividade altamente arriscada para o meio ambiente. A organização não informou qual região será a escolhida para ser o destino de seu barco Esperanza, para manter o elemento de surpresa e não dar tempo de as empresas exploradoras minimizarem o efeito de seu protesto. Os possíveis destinos são regiões de exploração em águas profundas no Brasil, no Ártico, na Nigéria e no Atlântico Norte. O objetivo da viagem do barco Esperanza é chamar a atenção sobre uma prática altamente perigosa, "muito além" do desastre ecológico nas águas do Golfo do México depois do acidente envolvendo a plataforma Deepwater Horizon, operada pela BP, segundo a organização. O Greenpeace qualificou de "irresponsáveis" os projetos das petrolíferas e exigiu uma moratória internacional à exploração em águas profundas para evitar desastres como o do Golfo do México. A ativista Leila Deen, que viaja no Esperanza, disse que o mundo deve abandonar sua dependência de petróleo e pediu estímulos às tecnologias limpas de produção de energia para fazer frente à mudança climática e criar postos de trabalho. "O problema vai muito além do desastre no Golfo do México. (...) O negócio do petróleo no século XXI é algo desesperado, sujo e inacreditavelmente perigoso", declarou Leila. Outro barco do Greenpeace, o "Arctic Sunrise", também deve empreender hoje uma expedição científica de três meses de duração para examinar o impacto na vida marinha do vazamento causado pela plataforma Deepwater Horizon no Golfo do México.