O movimento ambientalista Greenpeace denunciou a suspensão nesta quarta-feira, 9, da sessão plenária da cúpula da ONU sobre mudança climática (COP15), por considerar que põe em perigo um acordo obrigatório que proteja os países mais ameaçados pelo aquecimento global.
O responsável da política climática internacional do Greenpeace, Martin Kaiser, disse que, para "os países mais vulneráveis do mundo, como (a ilha de) Tuvalu, esta é uma questão de sobrevivência". "Só um acordo legalmente obrigatório pode dar a estes países a confiança de que seu futuro estará garantido", afirmou Kaiser.
O membro do Greenpeace destacou o silêncio desta quarta-feira das nações ricas nos debates na sessão plenária, e considerou que a China e a Índia, ao evitar falar dos aspectos legais, estão dificultando que os Estados Unidos se comprometam a assinar um tratado vinculativo.
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Segundo Kaiser, "outros países industrializados, como Alemanha, França, Reino Unido e Japão, devem dar agora seu apoio para conseguir um resultado legalmente vinculativo".
A presidente da conferência, Connie Hedegaard, determinou nesta quarta-feira - terceiro dia da cúpula, na qual se busca um acordo para reduzir os gases do efeito estufa a partir de 2012 - um recesso para o almoço, diante do desacordo reinante, para retomar as negociações no período da tarde.