A organização ecologista Greenpeace acusou nesta quarta-feira, 25, na Indonésia o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de querer "sabotar" a Cúpula Mundial sobre a Mudança Climática de Copenhague por "falta de vontade política".
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A denúncia foi feita pelo diretor de campanhas do Greenpeace no Sudeste Asiático, Shailandra Yashwant, ao anunciar o bloqueio do porto de uma fábrica de celulose na ilha de Sumatra para chamar a atenção sobre a contribuição do desmatamento na mudança climática.
O responsável do Greenpeace pediu respostas pois "o presidente Obama e outros líderes mundiais não podem sabotar os resultados de Copenhague com sua falta de vontade política".
Yashwant advogou por que a cúpula mundial alcance um acordo "legalmente vinculativo", "justo" e ambicioso" que evite o aquecimento global, o que segundo sua opinião implica financiamento internacional para preservar as selvas tropicais de todo o mundo. "Paralisamos as exportações de um dos maiores centros papeleiros do mundo para dizer a nossos governantes eleitos que podem e devem poupar-nos a catástrofe da mudança climática", acrescentou o ativista.
Membros do Greenpeace bloquearam os guindastes do porto privado da Ásia Pulp & Paper (APP), do conglomerado Sinar Mas, na província de Riau, que os ecologistas denominam como "a zona zero do desmatamento". "Sinar Mas é um dos principais contribuintes à mudança climática por seu amplo papel na destruição das florestas", assegurou Greenpeace através de um comunicado.
Segundo os especialistas, o desmatamento representa cerca de 20% das emissões de dióxido de carbono (CO2) do planeta, um dos gases que contribui ao efeito estufa e ao aquecimento global.
Indonésia é o terceiro maior emissor de CO2, atrás da China e Estados Unidos, devido à rápida destruição de suas selvas. Dentro de doze dias, líderes de todo o mundo se reunirão em Copenhague para pactuar um acordo que substitua ao Protocolo de Kioto em 2012.