Grandes economias descartam meta de corte de 50% de CO2

China e Índia impedem menção de metas, exigindo que países ricos antes prometam ajuda financeira

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Por Reuters
Atualização:

As 17 maiores economias do mundo não chegaram a um acordo, nesta quarta-feira, 8, para cortar pela metade as emissões de gases causadores do efeito estufa até 2050, num revés para os esforços de se chegar a um novo pacto contra a mudança climática na ONU.

 

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Conversações entre autoridades das 17 nações do Fórum das Grandes Economias (MEF, na sigla em inglês) cujos membros respondem por 80% das emissões globais do gás, fracassaram na noite de terça para quarta-feira, depois que China e Índia se opuseram a qualquer menção a uma meta, disseram fontes.

 

A despeito disso, os países mais ricos, que compõem o Grupo dos Oito, emitiram nota dizendo que estão comprometidos em alcançar um acordo amplo e abrangente na conferência convocada para dezembro pela ONU para tratar do tema, em Copenhague.

 

Os líderes do G8 - EUA, Alemanha, Japão, França, Reino Unido, Itália, Canadá e Rússia - pediram que mais países se unisse, à luta contra o aquecimento global.

 

"Pretendemos assegurar a prosperidade presente e futura ao assumir a liderança na luta contra a mudança climática", disseram eles, numa declaração conjunta.

 

Negociadores indianos disseram que não houve acordo em metas de redução de emissões de gases do efeito estufa porque os países ricos recusaram-se a definir metas intermediárias ou a prometer fornecimento de fundos e tecnologia.

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"Para qualquer meta de longo prazo, é preciso haver metas credíveis de médio prazo, na faixa de 25%-40%", disse um importante negociador indiano, Dinesh Patnaik.

 

De acordo com um rascunho da declaração final do G8 obtido pela Reuters, o MEF concordou que as temperaturas globais não devem sofrer um aumento superior a 2º C. Ambientalistas dizem que, se essa meta for leva a sério, serão necessários profundos cortes nos gases que aprisionam o calor do Sol na Terra.

 

Os líderes do MEF devem voltar a se reunir na quinta-feira, 9, para rever as negociações sobre o clima.

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