Governo coloca ex-vice de entidade ruralista no comando da Secretaria da Amazônia

Gestão Bolsonaro reestrutura Ministério do Meio Ambiente como resposta à pressão sobre alta do desmatamento

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Foto do author Luci Ribeiro
Foto do author André Borges
Por Luci Ribeiro (Broadcast) e André Borges
Atualização:

BRASÍLIA - A gestão Jair Bolsonaro oficializou nesta segunda-feira, 21, a criação da pasta da Amazônia e Serviços Ambientais, uma reação do governo federal à pressão no Brasil e no exterior para dar respostas ao aumento do desmate. A nova área resultada da reestruturação da Secretaria de Florestas e Desenvolvimento Sustentável e terá o mesmo nome no comando: Joaquim Alvaro Pereira Leite, ex-vice-presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB). 

Fogo invade e consome a floresta em Apui, sul do estado do Amazonas, em agosto de 2019 Foto: Gabriela Biló/Estadão

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As outras mudanças na estrutura do ministério de Ricardo Salles, que haviam sido antecipadas pelo Estadão em agosto, são a transformação da Secretaria de Relações Internacionais em Secretaria de Clima e Relações Internacionais e da pasta de Ecoturismo em Secretaria de Áreas Protegidas, que mantém Andre Pitaguari Germanos na chefia. Na pasta de Clima, o comando fica Marcus Henrique Morais Paranaguá, nomeado no lugar de Eduardo Lunardelli Novaes, que passa a ser adjunto da secretaria executiva do Ministério do Meio Ambiente.

O governo federal também trocou o titular da Secretaria de Biodiversidade do ministério. O posto agora será ocupado por Maria Beatriz Palatinus Milliet, que já atuava na pasta como diretora do Departamento de Comunicação da antiga Secretaria de Ecoturismo. Ela substitui o brigadeiro Eduardo Serra Negra Camerini, à frente da área desde maio do ano passado. A mudança está formalizada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda.

Desmate na floresta avançou 34,5% em um ano

Em um ano, entre agosto de 2019 e julho deste ano, os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram aumento de 34,5%, na comparação com os 12 meses anteriores. É o maior valor dos últimos cinco anos, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia.

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