Gases-estufa ganham padronização internacional para cálculo de emissões

Método mostrou que cidades brasileiras emitem muito pouco, em relação ao resto do mundo

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Por Redação
Atualização:

As emissões de gases de efeito estufa ganharam nesta terça-feira, 23, um método comum para calcular a quantidade de gás carbônico lançada no ar. O Padrão Internacional para Determinar as Emissões de Gases de Efeito Estufa vai calcular as emissões de cada cidade.

 

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O lançamento da padronização aconteceu durante o 5º Fórum Urbano Mundial, realizado no Rio de Janeiro, e resulta de um trabalho conjunto entre a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Banco Mundial.

 

A intenção do novo método é a de proporcionar a comparação entre as cidades. Um dos problemas para medir a poluição era justamente a falta de uma padronização.

 

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"É uma linguagem comum, que serve para todas as cidades, que poderão comparar suas próprias emissões a cada ano", explicou o técnico do Banco Mundial, Daniel Hoornweg, que liderou o estudo.

 

Segundo Hoornweg, o novo método demonstrou que as cidades brasileiras emitem muito pouco, em relação ao resto do mundo. "Isso se deve à matriz hidrelétrica, ao etanol e também porque o sistema de transporte nas cidades brasileiras é bem melhor do que em outras partes", disse ele.

 

Com o novo método é possível saber, por exemplo, que os moradores da cidade do Rio emitem mais gás carbônico do que os paulistanos.

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Segundo os dados, cada carioca emite 2,1 toneladas de gás carbônico por ano, bem mais que os paulistanos, que emitem 1,4 tonelada do gás no mesmo período.

 

De acordo com o Banco Mundial, entre os motivos que colocam o Rio à frente de São Paulo na poluição está a maior quantidade de habitantes em São Paulo, o que "dilui" a poluição entre mais gente, já que o índice é per capita. Outro fator que favorece São Paulo em relação ao Rio é a maior malha do metrô, que transporta seis vezes mais passageiros do que sistema carioca.

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