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Garimpeiros fecham BR-163 em protesto contra PF e Ibama e fila de caminhões chega a 10 km

Interdição total prossegue desde a madrugada e reúne cerca de 200 garimpeiros no km 417 da rodovia; manifestantes permitem passagem somente de carros oficiais e ambulâncias

Foto do author André Borges
Por André Borges
Atualização:

BRASÍLIA – Garimpeiros travaram desde o início da madrugada desta sexta-feira, 11, o fluxo da principal rota de escoamento de grãos do País, a BR-163, no trecho que corta o Estado do Pará, em protesto contra a queima de seus equipamentos usados clandestinamente. Uma fila de dez quilômetros de extensão já se formou na região, majoritariamente marcada por caminhões de carga.

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A reportagem apurou que a interdição total prossegue desde a madrugada e que, na tarde desta sexta-feira, 11, reúne cerca de 200 garimpeiros no km 417 da rodovia, no Distrito de Moraes de Almeida, em Itaituba (PA), região profundamente marcada pela atividade do garimpo ilegal.

As informações foram confirmadas à reportagem pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que monitora a situação na região e tem agentes no local. Os manifestantes segundo a PRF, têm permitido passagem “somente de carros oficiais e ambulâncias”.

“Houve uma rápida liberação às 13 horas, mas já fecharam novamente. No momento que liberaram, havia um congestionamento de aproximadamente 10km”, declarou a PRF. Nesta tarde, a rodovia segue totalmente interditada pelos manifestantes.

Policial federal observa maquinário do garimpo destruído durante operação contra a atividade ilegal no Rio Tapajós Foto: Polícia Federal

Conforme revelou na quinta-feira, 10, o Estadão, os manifestantes enviaram um “ofício” ao presidente Jair Bolsonaro para avisar sobre o ato. O “Manifesto dos garimpeiros independentes do Alto Tapajós” afirma que o ato pretende ser uma resposta à destruição de maquinários do garimpo por ações da Polícia Federal e Ibama, ações legais e que fazem parte do processo de destruição de objetos do crime contra o meio ambiente.

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